O Paços de Ferreira subiu ao quinto lugar isolado da I Liga portugesa ao ganhar, na noite de domingo, por 2-0 no terreno do Belenenses SAD. Uma classificação que, ao fim de 13 jornadas, surpreende o próprio treinador principal do clube, Pepa, que prefere ainda assim esfriar o entusiasmo.

"É jogo a jogo. Sei que é um chavão, mas é a realidade e não dá para pensar em outra coisa. Pezinhos bem assentes no chão e mantermos, acima de tudo, este espírito e este foco. Foi bem visível a entreajuda que o grupo tem. As confirmações vêm no final. Pode ser uma surpresa para muita gente, mas para nós não. Não ganhámos nada, não fomos campeões de nada, mas ganhámos três pontos e fomos pragmáticos. O campo é muito difícil de jogar e tivemos de ser inteligentes nesse aspeto.", sublinhou.

No final da partida, Pepa destacou ainda as metas da equipa e notou a diferença positiva entre golos marcados (17) e sofridos (12) que a equipa apresenta após 13 jogos disputados. ""A ambição não tem limites, sem estar obcecado por nada. A meta era os 10 pontos, depois os 20, já entrámos nos 20 e agora vamos atrás dos 30. Isto é feito de pontos. Termos um "score" de golos positivos, o que não é normal numa equipa que luta pela manutenção, é verdade, mas lutamos para ganhar os jogos todos que disputamos.", prosseguiu.

Antes de terminar, Pepa voltou a fazer questão de resfriar qualquer possível entusiasmo em excesso. "Tudo muito bonito, mas não vale nada. Não dá para relaxar. Hoje, o Belenenses SAD podia ter vencido o Paços de Ferreira, acabou por ganhar o Paços de Ferreira. O futebol é isto e este campeonato é muito equilibrado, os pontos vão ser divididos por todo o lado. Não há meta de pontos, é ir somando. Isto é uma maratona", concluiu.