Natural de Guimarães, o técnico de 41 anos lembrou que um jogo como o ‘clássico’ do Minho é “sempre muito bom de disputar”, seja “na condição de atleta, de treinador, de adepto”, e admitiu o esforço para tentar fazer perceber aos seus jogadores o quão “especial” é o jogo, entre o trabalho técnico-tático levado a cabo para o duelo com um adversário de “qualidade e de competência”, segundo na tabela.

“Preparámos o jogo de forma emocional. Fizemo-los perceber que estamos a falar de um dérbi. Há três pontos em disputa, mas este é um jogo especial. Há também a parte racional. Em relação aos primeiros 45 minutos com o Casa Pia, temos de ser mais agressivos e equilibrados na perda de bola, de perceber os espaços e os momentos do jogo e como colocar homens em zonas de finalização”, disse, na antevisão à partida marcada para as 15:30, em Braga.

Convencido de que os 45 minutos iniciais de segunda-feira, na derrota com os casapianos (1-0), foram os piores do campeonato, Moreno disse acreditar no regresso aos triunfos se os vimaranenses tiverem “foco, rigor e disciplina” frente a um adversário com 17 golos marcados e três sofridos.

“Fazem uma construção muito a três jogadores, para darem abertura aos laterais e jogo interior ao Iuri Medeiros e ao Ricardo Horta. Percebemos todos os detalhes. Até nos lançamentos de linha lateral, repõem rapidamente a bola. Fizemos uma semana a preparar o momento defensivo, mas também o momento com bola. Acredito que podemos criar perigo e que vamos fazer golos”, prosseguiu.

Ainda que não haja “equipas perfeitas”, o ‘timoneiro’ vimaranense reconheceu que os arsenalistas têm uma “entrada em jogo muito forte” – somam cinco golos nos primeiros 15 minutos -, pelo que é “importantíssimo” os vitorianos entrarem bem em campo, sem se esquecerem de manter o “foco durante os 90 minutos”.

Moreno vai reencontrar Artur Jorge, o agora treinador da primeira equipa bracarense, que encontrou na época transata nas equipas B, para a Liga 3, e defendeu que ambos os treinadores são “privilegiados” por subirem do terceiro para o primeiro escalão, quando aquele que, a seu ver, foi o melhor treinador da Liga 3 na época transata, Bruno China, ao serviço do Felgueiras, está sem clube.

“Considero-me um privilegiado e um sortudo por estar aqui. A grande aprendizagem é perceber a oportunidade que tive. Quero agarrar-me muito ao trabalho e perceber que é possível ter sucesso, que é possível motivar-me ainda mais. Quanto ao conhecimento que temos um do outro, com as ferramentas hoje à disposição é mais fácil”, vincou.

O técnico disse ainda que acredita muito nos seus jogadores, mesmo “não sendo os melhores do mundo”, após encerrado o mercado de transferências, e prometeu repetir a utilização de Afonso Freitas no lado direito da defesa, jogador que fez a estreia absoluta com o Casa Pia e que foi ‘assobiado’ após ter comprometido no golo lisboeta, situação que levou Moreno a pedir “compreensão” aos adeptos.

“Não consigo perceber como é que um menino com toda a formação no Vitória, que sonha desde pequenino estrear-se no Estádio D. Afonso Henriques, falha um passe e começa a ser assobiado. O grande pilar do clube é a paixão dos adeptos, mas peço mais compreensão para com os atletas. O Afonso vai voltar a jogar em Braga. É uma convicção minha”, revelou.

O Vitória de Guimarães, oitavo classificado, com seis pontos, defronta o Sporting de Braga, segundo, com 10, em jogo agendado para as 15:30 de sábado, no Estádio Municipal de Braga, com arbitragem de Nuno Almeida, da associação do Algarve.

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