O técnico do Boavista disse hoje que o jogo com o Rio Ave, no sábado (20:30), da segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol, exige concentração, pois o "adversário já tem ideias bem definidas, especialmente no processo ofensivo".

Miguel Leal perspetivou não só esse embate como olhou ainda para a derrota sofrida diante do Portimonense (2-1), na ronda inaugural, dizendo que a mesma mereceu uma "análise profunda" e a conclusão foi que "houve grande dificuldade em manter o mesmo ritmo e também alguma displicência do ponto de vista mental".

O treinador ‘axadrezado’ fechou esse ponto frisando que "isso são águas passadas".

"O que nos move é o futuro, aquilo que podemos fazer para a frente aprendendo com os erros", apontou, sublinhando que a perspetiva é "sempre no sentido de melhorar" e preparar o encontro que se segue.

O próximo adversário é o Rio Ave, que Miguel Leal diz ser "forte e com objetivos distintos dos do Boavista".

"Isso começa logo no orçamento e também na capacidade e qualidade do plantel, mas temos que pensar que jogamos em casa com o apoio da nossa massa associativa, o que é um fator motivador", destacou.

Miguel Leal vincou que este será "o primeiro jogo" oficial do Boavista no Estádio do Bessa, esta época, e isso exige concentração.

"Vamos encontrar um adversário já com ideias bem definidas, especialmente no processo ofensivo. Teremos de ter algum cuidado, mas fazer o nosso jogo e manter o que nos caracteriza e deu muitos pontos na época passada, que são o rigor, a disciplina, a entrega, a capacidade de luta e o bom futebol também", sustentou.

O técnico entende que o chamado "fator casa não é muito preponderante", porque, alegou, hoje em dia, o futebol diz que “as equipas são muito equilibradas e o fator casa não é muito preponderante".

“Se olharmos para a época passada, não o foi", reforçou, admitindo, contudo, que "isso pode ter influência" por ser o primeiro jogo no Bessa.

O Boavista obteve 43 pontos no campeonato anterior e 22 foram conseguidos em casa alheia.

"Queremos dar uma boa imagem e uma imagem de força e de que estamos cá para luta, para fazer um campeonato tranquilo, porque é este o nosso objetivo e para isso é preciso conquistar pontos e tentar ganhar", afirmou.

O treinador reafirmou a sua confiança nos jogadores que tem a seu dispor, mas disse também que este um plantel, com 29 jogadores de 15 nacionalidades, tem "muitas culturas e ritmos diferentes e é preciso alguma paciência e algum tempo para que as coisas se comecem a juntar e a dar frutos".

"Às vezes as coisas não correm com a celeridade que esperávamos e é nesse sentido que eu digo que é preciso calma, porque as coisas vão chegar a bom porto. Esta equipa tem capacidade para fazer um campeonato tranquilo", disse.

Miguel Leal falou ainda sobre o vídeo-árbitro, que começou a ser utilizado em Portugal pela primeira vez esta época, considerando que "é preciso deixar correr mais jornadas, porque com as novidades há sempre coisas a ajustar".

"Só no final é que podemos fazer um balanço. Neste momento, vamos deixar correr e ver, mas não estou preocupado com isso", afirmou.

O Boavista recebe o Rio Ave na segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol, num jogo marcado para as 20:30 de sábado, no Estádio do Bessa, no Porto.