O futebolista Josip Vukovic teceu duras críticas ao Marítimo, com quem rescindiu contrato em meados de agosto, mas o presidente do clube madeirense Carlos Pereira desmentiu as declarações do médio croata.

“É difícil de descrever, porque foi um misto de emoções, desde felicidade e orgulho a tristeza e raiva. Conheci boas pessoas, um país maravilhoso e sinto-me orgulhoso por ter jogado contra equipas muito fortes e por ter sido acarinhado pelos adeptos. Por outro lado, desapontado, porque o clube nunca mostrou nenhum sinal de gratidão pelo meu trabalho, nem me fez sentir apreciado, e claro, pela falta de ambição do clube, em lutar por lugares mais cimeiros”, afirmou à agência Lusa.

O médio defensivo, de 28 anos, chegou ao Marítimo na temporada 2018/19 e fez 57 partidas oficiais pelos insulares.

Vukovic contraiu uma lesão grave no joelho direito, em fevereiro, no desaire caseiro maritimista com o Desportivo das Aves (2-1), e disse que foi "aconselhado a não fazer a operação" na Madeira e que os custos da cirurgia e do tratamento foram pagos na íntegra por ele e sem qualquer apoio do clube ‘verde rubro’, do qual no tempo em que esteve afastado dos relvados não recebeu salário.

“Foi uma das razões por que saí do Marítimo. Foi como se eu não fosse um atleta do clube, lavaram as mãos na situação da minha lesão. Ninguém me ligou, à exceção de um massagista. Não me pagaram salário enquanto estive lesionado nem a minha cirurgia. Tive de pagar tudo, porque eles disseram que não era obrigação do clube e aconselharam-me a não fazer a operação na Madeira. Depois disto tudo, ainda me pressionaram para regressar”, contou.

O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, desmentiu as acusações feitas pelo médio croata ao clube, e defende que “a lesão não foi contraída no Marítimo”.

"Ele foi contactado pelo nosso fisioterapeuta, que andou em permanente contacto com o atleta. Quando se fala na lesão, digo que não foi contraída no Marítimo, mas trata-se de uma lesão crónica, e que vai viver com ele o resto da vida. Foi por isso que ele quis ir viver para perto do médico que o operou e não quis ser operado na Madeira", reagiu o líder do emblema madeirense à Lusa.

O dirigente dos ‘verde rubros’ afirma que o clube não deve nada a Vukovic e que o jogador croata é o único responsável.

"Partindo do princípio que o Vukovic foi informado e foi determinado que a sua operação deveria ter sido feita na Madeira, pela responsabilidade da seguradora do Marítimo, por ele recusada, foi-lhe, efetivamente, transmitido que se fizesse a cirurgia fora da região, era de sua única responsabilidade e teria de assumir todas as responsabilidades. Isto foi transmitido pelo departamento clínico e pelo departamento de futebol, e mesmo assim, ele disse que só se sentia confortável com um médico da sua confiança e foi ser operado quando e como quis", alertou.

Carlos Pereira adiantou ainda que o processo da companhia de seguros “ainda está em aberto”.

"O processo que nós preparamos para a companhia de seguros, ainda está em aberto. Numa primeira instância, a companhia (de seguros) recusou e nós recorremos da sua decisão e é um processo que penso que ainda não foi concluído, face à sua vontade de regressar e face à razão que ele próprio conhece, a mesma razão porque ele quis ir para perto de onde fez a cirurgia, para estar mais acompanhado", acrescentou.

Josip Vukovic está de volta ao campeonato croata, tendo sido apresentado na terça-feira como reforço dos NK Osijek, quarto classificado na época transata, uma equipa “ambiciosa e com grandes objetivos” onde pretende ser o “jogador principal” ajudando a “escrever as páginas com mais sucesso” da história do clube.

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