O antigo capitão da equipa principal de futebol do Benfica Luisão vai ser padrinho da Corrida da Liberdade na cidade da Praia, conforme convite feito hoje pelo autarca local Óscar Santos e aceite pelo brasileiro.

"Porquê Luisão? Porque na Corrida da Liberdade mobilizamos muita juventude, sobretudo miúdos da escola secundária, que pode ser um modelo para as crianças seguirem", justificou o presidente da Câmara Municipal da Praia, no seu discurso por ocasião da receção da comitiva do Benfica, liderada pelo presidente Luís Filipe Vieira, que se encontra de visita a Cabo Verde.

Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia, Luisão disse que o convite foi uma surpresa, mas afirmou que se sente "muito honrado" pelo carinho do povo cabo-verdiano desde que chegou ao aeroporto internacional Nelson Mandela.

"Com este convite, este presente que a cidade da Praia me está a dar numa data tão importante, sinto-me muito honrado e já vou ter de começar a treinar para dar o exemplo para a garotada. Fico feliz quando podemos servir de exemplo para eles e espero que seja uma festa bonita", afirmou.

O antigo defesa-central internacional brasileiro disse que vai fazer questão de estar presente na Corrida da Liberdade na cidade da Praia, que já vai na sua 11.ª edição.

A prova assinala o 13 de janeiro, feriado nacional, data em que, pela primeira vez, em 1991, os cabo-verdianos exerceram o seu direito de voto nas primeiras eleições multipartidárias, após 16 anos em regime de partido único.

Instituída em 2009, a corrida já trouxe à capital cabo-verdiana figuras do mundo desportivo a nível mundial como o já falecido Eusébio, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o ex-futebolista Pedro Mantorras, o judoca Nuno Delgado, ou as atletas Fernanda Ribeiro e Rosa Mota.

No ano passado, o padrinho da corrida foi o antigo futebolista português de origem cabo-verdiana Neno, que nasceu na cidade da Praia em 27 de janeiro de 1962.

Luisão, que no sábado vai proferir uma palestra sobre a "Vontade de Vencer" na Universidade de Cabo Verde, sublinhou a paixão dos cabo-verdianos pelo Benfica, dizendo que foi dos lugares que mais o impressionou.