O FC Porto chegou ao 30.º título de futebol da sua história numa temporada que começou com Luís Díaz a ‘brilhar’ e depois com o avançado iraniano Taremi a fazer esquecer o extremo colombiano, que rumou a Inglaterra.

Apesar de ter assinado pelo Liverpool em janeiro, o nome de Díaz tem de aparecer em destaque nesta conquista dos ‘dragões’, depois de ter realizado um arranque de temporada fenomenal, com 14 golos e quatro assistências em 18 jogos na I Liga, deixando a prova com o estatuto de melhor jogador da primeira volta.

A influência de Díaz na primeira metade da época do FC Porto foi tal que o colombiano se despediu com 16 golos marcados em 28 jogos no conjunto de todas as provas e, desde então, passados quatro meses e tendo o FC Porto disputado mais 20 jogos desde então, só os pontas-de-lança Mehdi Taremi (24 golos em 46 jogos) e Evanilson (21 golos em 44 jogos) superaram o número de golos do agora jogador do Liverpool.

A saída do internacional colombiano prometia abanar a equipa de Sérgio Conceição, na altura numa luta ‘ferrenha’ pelo primeiro lugar com o Sporting, mas Mehdi Taremi acabou por ser determinante no equilíbrio dos ‘dragões’.

O avançado iraniano, a viver a sua segunda temporada no clube, destacou-se não só a marcar, mas também nas assistências, grande parte delas para Evanilson, com quem fez dupla no ataque e que teve a época de afirmação no FC Porto.

Com apenas uma jornada por disputar e com tudo já resolvido, Taremi, de 29 anos, leva 20 golos e 13 assistências no campeonato português, o que corresponde a mais de 30% de intervenção nos tentos marcados pelo FC Porto na prova.

Por seu lado, a parceria com o iraniano rendeu a Evanilson, de 22 anos, uma marca de 14 golos da I Liga, algo bem diferente dos apenas quatro alcançados na última temporada e em todas as competições

Não só o avançado brasileiro ‘explodiu’ esta época na I Liga e no FC Porto, mas também o médio Vítor Ferreira, igualmente com 22 anos, que passou a ser o ‘criativo’ da formação de Sérgio Conceição com exibições que lhe valeram a estreia na seleção portuguesa e a conquista por três vezes do prémio de melhor jogador do mês.

Depois de ter passado a última temporada no Wolverhampton por empréstimo, Vítor Ferreira regressou ao Dragão e passou a ser um dos indispensáveis de Conceição, adicionando inteligência e criatividade ao meio-campo, quase sempre com a ajuda do colombiano Matheus Uribe.

Bem mais experiente (31 anos), mas sem dar ‘muito nas vistas’, a verdade é que Uribe foi igualmente determinante na equipa portista, oferecendo equilíbrio à equipa pela forma como sabe ocupar os espaços, tanto a nível defensivo e na recuperação de bolas, mas também na primeira parte da construção das jogadas ofensivas.

Na baliza, Diogo Costa promete ser o dono da posição durante muitos anos, após ter respondido da melhor forma à confiança depositada por Sérgio Conceição no início da época, dando a titularidade ao guardião de 22 anos, numa altura em que o argentino Marchesín estava lesionado.

Mesmo com a recuperação de Marchesín, Diogo Costa ficou perto de ser totalista na presente edição da I Liga – falhou por lesão os últimos oito minutos da visita a Arouca –, candidatando-se à titularidade na baliza da seleção nacional, depois de ter destronado Rui Patrício nos dois jogos do ‘play-off’ de acesso ao Mundial2022.