O treinador do Marítimo afirmou esta terça-feira que pretende colocar "água na fervura", após a vitória caseira frente ao Benfica, por 2-0, e que vai continuar a lutar pela manutenção na Liga NOS.

"O que dá confiança ao processo, ao treino, aos jogadores, aos treinadores e às equipas são as vitórias, mesmo quando há alguns erros que não desejávamos. Compete-me a mim colocar alguma água na fervura dos festejos. Com aquilo que temos visto desde que recomeçámos o campeonato, tem havido surpresas e o expectável é que voltem a acontecer. Temos de fazer o que nos compete. Dependemos de nós", salientou José Gomes, no programa do clube 'verde rubro' na TSF-Madeira.

Graças aos golos de Correa (74 minutos) e Rodrigo Pinho (78), com duas assistências de um inspirado Nanu, os madeirenses derrotaram os 'encarnados', o que levou Bruno Lage a colocar o cargo à disposição, reagindo ao desaire no terreno do Portimonense, por 3-2, na ronda anterior.

"Foi um jogo em que tivemos erros logo no início que nos podiam ter custado caro. O lance capital é o do [Carlos] Vinícius, que acontece por um erro nosso, de coordenação na ocupação dos espaços. Teria sido um jogo completamente diferente, a história teria sido outra. Tivemos alguns momentos cruciais, num acalmar do jogo, em que circulámos a bola e retirámos a capacidade do Benfica de nos pressionar para que recuperassem a bola", analisou o técnico, que assumiu a "surpresa" pela ausência de Taarabt nas águias.

Com uma dedicatória aos adeptos do Marítimo e ao seu "espírito", mesmo com o caldeirão dos Barreiros vazio, devido à pandemia de covid-19, colocando o nível dos apoiantes 'verde rubros' apenas abaixo dos três 'grandes' e do Vitória de Guimarães, José Gomes prometeu dar seguimento ao trabalho, na procura de garantir a permanência, havendo uma vantagem provisória de sete pontos para a zona de despromoção.

"Nós vamos continuar num registo de garantir o que todos queremos, que é a manutenção na I Liga. Na fase em que nos encontramos, nem sequer se pode pensar em mais nada. A partir do momento em que garantirmos, logo se vê, mas, até não estar conseguido, temos todos de perceber qual é a realidade e assumir, com toda a nossa energia, a responsabilidade da posição em que nos encontramos", afirmou.

Desde a retoma do campeonato, após a paragem provocada pela covid-19, o Marítimo tem estado invencível no Funchal, ao somar duas vitórias e um empate, ao invés das duas derrotas como visitante. Os próximos dois jogos dos maritimistas decorrem fora de portas, no arranque das jornadas 30 e 31, diante de Santa Clara, na Cidade do Futebol, em Oeiras, na sexta-feira, às 19:15, e do Boavista, em 08 de julho, pelas 19:00.

"Temos de abordar esses jogos para os vencer. Não há outra forma. Vamos preparar as coisas para que assim seja. Estes jogos vão ser num espaço de tempo mais reduzido e obrigam um trabalho de recuperação mais acelerado. São para preparar e jogar pelos três pontos. É a nossa obrigação", frisou José Gomes.

O duelo insular frente ao Santa Clara é o que se segue, com muitos elogios para a forma como João Henriques tem construído e desenvolvido o seu plantel, estando numa posição segura na classificação (10.º), com 38 pontos somados.

"A forma descontraída como estão a abordar os jogos deve-se ao facto de estarem tranquilos na tabela, e isso dá-lhes algum conforto e margem de erro. Têm praticado um futebol muito interessante e positivo, a construir muitas situações de finalização. Este caudal ofensivo assenta muito na posição na tabela e tem proporcionado bons espetáculos de futebol", comentou José Gomes, que vai analisar o adversário, na procura de o "tirar da zona de conforto".

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