O treinador Jorge Simão pretende que o Boavista transporte para os jogos o rendimento que consegue produzir nos treinos, já na receção de sábado ao Tondela, da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

"A responsabilidade é minha. Temos, rapidamente, já no jogo de amanhã, de fazer coincidir o que fazemos no treino com os nossos comportamentos no jogo", salientou, situando nessa divergência as dificuldades atuais que o Boavista denota e que se refletem na sua atual classificação, o 14.º lugar, e na pontuação (10 pontos).

Jorge Simão comentou o facto de o Boavista estar há cinco jornadas sem marcar, sendo que a última vez que o conseguiu, em 07 de outubro, na vitória caseira frente ao Aves, por 1-0, foi graças a um autogolo, considerando que tal jejum "acaba por ser circunstancial".

"Não é um assunto que mereça, da minha parte, cuidados exagerados. Obviamente que estamos atentos a esse facto, mas acima de tudo trabalhamos o nosso processo, que é um único", explicou.

Para o técnico ‘axadrezado’, "o jogo do Nacional foi aquele em que, provavelmente, houve uma maior dissonância" face ao que “a equipa trabalha durante os treinos”.

Jorge Simão negou haver pressão sobre si pelos resultados negativos e afirmou que não há pressão maior do que aquela que ele próprio sente por ser o treinador.

"Disse no final do jogo com o Nacional [na ronda anterior e que terminou empatado 0-0] que o nosso desempenho foi muito influenciado pela inibição dos jogadores, eventualmente, pela situação que ocupamos na tabela classificativa", admitiu.

O treinador reafirmou a "confiança nos jogadores e no que fazem no treino" e reafirmou que só quer "que a equipa faça nos jogos aquilo que faz nos treinos".

"É fundamental que os jogadores se sintam seguros e confiantes", acrescentou, referindo que esta semana procurou injetar "conforto e segurança" na equipa para o jogo de sábado.

Penúltimo classificado, o Tondela "é uma equipa muito competitiva, que fez um bom campeonato na época passada" e que nesta está a ter dificuldades.

"É uma equipa combativa e agressiva, que utiliza muito o jogo direto. A ligação Cláudio Ramos-Tomané é o passe mais frequente naquela equipa e a partir daí apostam nas segundas bolas, com entradas pelos corredores laterais para cruzamentos", destacou ainda.

O técnico também afastou a ideia de o Boavista repetir diante do Tondela a fraca exibição realizada com o Nacional: "Não vai acontecer, seguramente".

Para a receção ao Tondela, o conjunto axadrezado não poderá contar com Caraça, suspenso pela Liga, nem com Obiora, Falcone e Yusupha, lesionados. Obiora e Falcone deverão parar “cinco semanas" e Yusupha "já treina, mas ainda à parte do restante plantel", segundo informou o Boavista.

O Boavista, 14.º classificado, com 10 pontos, e o Tondela, 17.º e penúltimo, com nove, defrontam-se no sábado, às 15:30, no Estádio do Bessa, no Porto, para a 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.