As operações de segurança para os últimos 90 jogos da I Liga de futebol são "muito mais do que o policiamento desportivo”, pela necessidade de conciliar as limitações impostas pela situação de calamidade ao acompanhamento dos adeptos.

“Isto é muito mais amplo do que o policiamento desportivo”, frisou o chefe da Divisão de Policiamento e Ordem Pública da Polícia de Segurança Pública (PSP), Pedro Grilo, em declarações à agência Lusa, sobre o reatamento da I Liga, após a suspensão devido à COVID-19.

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A competição vai ser reatada sob fortes restrições e sem público nos estádios na quarta-feira, com o encontro entre Portimonense e Gil Vicente, naquele que vai ser o primeiro dos 90 jogos das últimas 10 jornadas, até 26 de julho

Sem adeptos nos estádios, uma das preocupações da PSP passa pelo cumprimento das regras da terceira fase de desconfinamento devido à pandemia de COVID-19, que permite ajuntamentos até 20 pessoas [na Área Metropolitana de Lisboa, permanece o limite de 10 pessoas, pelo menos até quinta-feira].

Pedro Grilo admitiu que “não será possível ter um polícia à porta de cada café”, recordando que os estabelecimentos comerciais mantêm regras de lotação e distanciamento social, independentemente da realização de jogos de futebol.

A PSP também vai dar particular atenção a centro de estágios, locais de treino e hotéis, assim como aos percursos das equipas para os estádios.

“O objetivo do policiamento vai ser o controlo de acessos, não permitir que haja ajuntamentos no perímetro exterior do recinto e que a chegada dos jogadores ao estádio seja feita em segurança para que não haja essas concentrações, que são contrárias à legislação em vigor”, precisou Pedro Grilo, acrescentando que vão ser alargados os perímetros de segurança em torno dos recintos.

Além desta medida dissuasora de concentração de adeptos, o responsável explicou ainda que a polícia vai também controlar os habituais locais de concentração dos grupos organizados, sempre após avaliação dos riscos.

Para o responsável da PSP, estas operações de segurança “não são mais complicadas” do que o policiamento normal de um jogo de futebol, necessitando uma “adaptação da própria atividade policial”, com “mais meios” e dispersos por vários locais.

“Num evento desportivo há uma concentração de meios policiais num único local, que é o estádio, contando ainda com os trajetos das equipas e dos árbitros. Agora vai haver uma desconcentração”, referiu.

Dentro dos estádios vai continuar a existir policiamento, com um número de agentes reduzido.

Os dispositivos vão ser adequados ao risco inerente a cada jogo e nem os recentes incidentes entre adeptos do Benfica e do Sporting, na região de Lisboa, vão alterar o modelo de policiamento.

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