A Liga vai discutir o futuro de Pedro Proença em Assembleia Geral. Esta foi uma das decisões que saíram da reunião do presidente do organismo com os líderes dos 18 clubes do principal escalão, nesta quinta-feira.

De acordo com o Jornal de Notícias, Proença informou os presidentes dos clubes que solicitou ao presidente da Assembleia Geral da LPFP a marcação de uma reunião magna para 19 de junho, onde será discutida a continuidade na liderança do organismo e os fundos da Segunda Liga, que motivaram a entrada de uma ação do Marítimo no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).

Uma outra fonte ligada ao processo confirmou à Lusa que Pedro Proença realçou que o seu lugar está sempre à disposição dos clubes, rejeitando que o antigo árbitro tenha colocado o lugar à disposição, acrescentando que o presidente do organismo vai apresentar um novo modelo de governação na próxima (AG).

Na base da contestação ao ex-árbitro estará a carta dirigida por Pedro Proença ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e outra de igual teor enviada ao Governo, na qual o presidente da Liga de Clubes sugeria que os responsáveis do Estado exercessem a sua influência com vista a que as operadoras de televisão permitissem a transmissão de jogos em sinal aberto.

Algo que as operadoras - em particular a NOS, patrocinadora da competição - e, por consequência, os clubes, não gostaram.

Um dos presidentes mais vocais na reunião desta quinta-feira foi António Salvador. De acordo com o Jornal de Notícias, o presidente do SC Braga apontou o dedo aos clubes que integram a direção da Liga - Benfica, FC Porto, Sporting, Tondela, Gil Vicente, Leixões, Mafra e Cova da Piedade -, pedindo a demissão dos mesmos, caso estes tivessem tido conhecimento das cartas enviadas ao Governo e à Presidência da República.

A direção da LPFP decidiu apontar Nacional e Farense como promovidos à I Liga, na sequência da conclusão precoce da II Liga, além da criação de um fundo de apoio no valor de 1,52 milhões de euros

Este apoio anunciado pela LPFP resulta da cedência da taxa de televisão paga pelos clubes da I Liga (550 mil euros), dos custos com os 90 jogos da II Liga que não se realizarão (500 mil euros) e da ativação dos fundos de infraestruturas de 2018/19 e 2019/20 (470 mil euros)

Estes montantes acrescem ao milhão disponibilizado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), permitindo um encaixe individual de 180 mil euros a 14 emblemas da II Liga, excetuando as equipas B e os promovidos.