O delegado da Casa do Benfica em Toronto, Canadá, Mário Narciso, disse à agência Lusa estar "optimista" na viabilização desta associação apesar da actual situação financeira, que pode conduzir ao seu encerramento.

"A reunião foi construtiva", considerou Mário Narciso. “Apesar de a situação ser complicada, há união dos sócios para se chegar a uma solução”, realçou, adiantando que o tema voltará a ser equacionado em nova reunião, possivelmente no próximo fim-de-semana.

Insistindo no “secretismo” que rodeia o pacote de soluções, o delegado revelou que uma das frentes de acção é a “constituição de uma comissão para angariar os fundos” necessários a regularizar a situação das dívidas.

O principal problema que a Casa do Benfica de Toronto enfrenta são as dívidas ao Fisco acumuladas nos últimos anos e que ascendem a algumas dezenas de milhares de dólares canadianos.

A existência da dívida fiscal impediu a renovação da licença para a venda de álcool (impedindo-a de servir vinho no seu restaurante) e, por outro, causou problemas no próprio registo do nome da firma.

O conjunto das dificuldades foi comunicado em detalhe à direcção da “casa mãe”, o Sport Lisboa e Benfica, no passado fim-de-semana, no decurso da visita que o presidente do clube da águia, Luís Filipe Vieira, fez a Toronto, à frente de uma comitiva de dirigentes e jogadores.

Instado pela Lusa no passado sábado, o vice-presidente do SLB Domingos de reconheceu a “gravidade da situação” nesta filial, que é a primeira Casa do Benfica fundada fora de Portugal.

Almeida Lima expressou o desejo de que na reunião de quarta-feira os sócios se unissem e chegassem a acordo sobre uma solução favorável à continuidade da Casa, num quadro de pleno cumprimento da legalidade.

Com a direcção do clube da Luz a seguir agora de perto o evoluir da situação e a dar apoio indirecto, os sócios da Casa do Benfica de Toronto, que evidenciavam algum desalento nos últimos meses, começam a ver surgir um esboço que pode garantir o futuro.