O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol abriu processos a Pinto da Costa e Vítor Hugo Valente por declarações sobre arbitragem, na sequência de uma denúncia do Conselho de Arbitragem (CA).

O presidente do FC Porto deixou duras críticas ao atual estado do futebol português, dizendo que a arbitragem é invadida por "as paixões vermelhas" e "pinheiros pouco iluminados".

"Infelizmente, parece que por vezes é mais fácil para o FC Porto ter êxito nas competições europeias, frente a rivais mais difíceis, do que em Portugal, onde muitas vezes os adversários vestem de preto, andam com um apito ou estão sentados em frente a ecrãs de televisão. Triste o país onde abundam as paixões vermelhas e os pinheiros pouco iluminados, sempre disponíveis a subverter para classificação do campeonato , como agora o fizeram, demonstrando que o crime compensa e que não há camião de coação que não continue a dar resultados", escreveu o presidente do FC Porto no seu espaço da revista Dragões deste mês.

"O que se passou não foi uma vergonha, foi um nojo"

Por outro lado, a denúncia do CA contra Vítor Hugo Valente surgiu na sequência das declarações do dirigente sadino no final do jogo com o Boavista, no qual a formação setubalense terminou com menos três jogadores em campo.

“O que se passou aqui hoje [segunda-feira] não foi uma vergonha, foi um nojo. O senhor Veríssimo, a quem não chamo árbitro para não desrespeitar a classe, foi um carteiro com encomendas para este e para o próximo jogo. Sabemos o que se passou. É um nojo”, disse.

O dirigente, que se apresentou ao lado do treinador Sandro Mendes na sala de imprensa, revelou que os jogadores estavam no balneário revoltados e inconsoláveis devido ao sucedido.

“Esta é uma terra de gente séria e honesta. Este carteiro [Fábio Veríssimo] não entrega mais cartas em Setúbal. Não põe cá mais os pés. Os jogadores do Vitória não se perderam emocionalmente. O carteiro que aqui veio é que fez tudo para que isto acontecesse. Os jogadores estão a chorar no balneário”, referiu.