As palavras de Carlos de Carvalhal na conferência de apresentação como treinador do SC Braga.

O ADN do treinador

"Está é a minha pele, este é o meu AND. O meu ADN é Braga, sempre o culto da técnica em relação à força. Vamos tentar ganhar os jogos todos. Muito contente por voltar a casa e pelo convite de António Salvador. Um clube que cresceu imenso. A diferença é avassaladora em relação à minha primeira passagem no clube...Tantas equipas conhecidas. Senti-me em casa...a minha equipa técnica, além das pessoas da minha confiança, são todas amigas. Muito animados, por disputar todos os jogos. É isso que nos anima, para nos dar alegrias a uma massa associativa dedicada.Neste momento em vejo aqui 'Bragismo' está cada vez mais reforçado, estamos aqui para lhe dar dar muitos alegrias."

O que o fez aceitar o desafio?

"Sinto que tinha um trabalho para fazer no SC Braga. Na altura da minha saída, foram levantadas muitas teorias, eu sempre expliquei muito claramente, na altura tinha miúdos muito pequenos. A família está sempre primeiro...Eles viveram uma situação muito má. Os meus filhos chegavam a casa a chorar. Na altura custou-me...na altura foi a primeira vez que o SC Braga entrou na fase de grupos da UEFA. Estávamos a fazer uma boa campanha...Essa circunstância levou-me a interromper o trabalho. A vida dá muitas voltas...Foi a minha família...foram eles que me entusiasmaram para ir para Braga nesta altura. Já estive fora do país, nunca contrariei a minha família nas decisões. Tive um grande impulso em casa para voltar à minha casa e para ao clube do meu coração. Foi uma decisão fácil. Quando temos uma força dentro de casa, fez-me tomar uma decisão. O meu caminho é o primeiro jogo do campeonato. Vou tentar vencer o jogo e motivar todos...e concentrar-me. O SC Braga vai jogar contra todo os adversários, olhos nos olhos. Sobre onde pode chegar? Para chegar a Fátima, primeiro tenho que ir primeiro a Famalicão e depois a Famalicão. Focado sempre no jogo seguinte...Contra qualquer adversário não há maior ambição do que tentar vencer todos os jogos. Vamos tentar ser incómodos para todos.

Garantias?

"O nosso primeiro objetivo é formatar o plantel, fazer um plantel competitivo, em que cada jogar que possa ser útil. Da nossa parte, temos que modelar a equipa em função das nossas ideias. O grau de complexidade será em função das respostas dos jogadores que nos possam dar. Não somos adeptos de ganhar de qualquer forma, somos adeptos de bom futebol. Queremos que a equipa pratique um bom futebol."

Momento certo para regressar ao Braga?

"A minha carreira é muito atípica. Estava no Swansea, na Premier League. Recebi o convite do Rio Ave...os meus amigos disseram-me que era maluco, porque arriscar treinar um clube média expressão. Ou tinha uma auto-confiança muito grande. Isto porquê, as minhas decisões têm sido muito pouco impulsionadas, mas são sim na base da convicção. Tenho um principio basilar: Entrar para um clube que me quer, e em que sou desejado. O mesmo aconteceu agora. Não quero saber a posição do SC Braga, senti um desejo muito grande para que eu fosse treinador. Isso é mais importante que o dinheiro e o prestígio. Estamos animado por as pessoas que nos querem, agora vamos criar laços emocionais e todos juntos vamos conseguir algo de bom. Pensar muito pouco na carreira, no dinheiro. A vontade era grande, eu quis vir para o SC Braga. O resto não tem significado. O SC Braga está num patamar bom, do melhor que há em Portugal, do plantel dos melhores que há em Portugal e isso é animador."