O Benfica registou em 2017/18 um total de 957.762 espetadores ao longo da temporada, número que o coloca na 17.ª posição dos clubes europeus com mais adeptos nos estádios, de acordo com um estudo da UEFA, hoje divulgado.

Na lista dos 20 clubes com mais espetadores – o único aspeto do estudo referente à época passada -, em que o Benfica é o único representante do campeonato português, os ‘encarnados’ batem o Estugarda, o Glasgow Rangers e o campeão francês Paris-Saint Germain.

Com poucas variações em relação a 2016/17, os primeiros 15 clubes registaram assistências superiores a um milhão de espetadores, numa tabela liderada pelo Manchester United, com mais de 1,4 milhões pessoas em Old Trafford.

O estudo da UEFA incide sobretudo sobre a temporada 2016/17, colocando o Benfica também entre os clubes que mais dinheiro arrecadou com a participação nas provas europeias, figurando no 19.º posto.

Benfica e FC Porto surgem no relatório também entre os 20 clubes com maior endividamento líquido, sendo que os lisboetas apresentam a sexta maior dívida, ainda que tenha caído 13%, para 269 milhões de euros, enquanto os portistas viram o valor aumentar 10%, para 177 milhões.

No que toca aos resultados líquidos, os ‘encarnados’ são sextos classificados no ranking, com um lucro de 45 milhões de euros, numa lista liderada pelo Leicester, que naquele ano competiu na Liga dos Campeões, e que inclui também o Sporting, no 18.º posto, com 31 milhões.

Benfica, no sétimo lugar, e FC Porto, no 11.º, figuram igualmente nos 20 clubes com maior valor de ativos tangíveis brutos, sendo que a UEFA olha para a evolução e investimento entre 2008 e 2017, com o Tottenham na frente do indicador.

Por outro lado, os vice-campeões nacionais tinham em 2016/17 o 20.º plantel mais caro das ligas europeias, no que toca ao valor pago pelas transferências de jogadores, com 124 milhões de euros, bem longe dos 389 milhões do Manchester City, que ocupou o primeiro lugar.

O documento da UEFA nota um crescente controlo dos salários por parte dos clubes, com as receitas a crescerem mais do que o valor gasto neste aspeto.

Os clubes europeus registaram o mais alto valor de lucro operacional desde que este indicador é medido, com 1,4 mil milhões de euros em 2017, enquanto a dívida líquida continuou a cair, de 65% dos valores das receitas em 2011, quando foi introduzido o ‘fair play’ financeiro, para 34% em 2017.

O espaço de mercado publicitário e comercial ocupado pelos 12 maiores clubes aumentou de 22%, para 39%, com o espaço entre os emblemas ‘globais’ e os restantes 700 primodivisionários na Europa a dividir-se entre 1,6 mil milhões de euros, para os primeiros, e menos de mil milhões para os segundos.