Justificando que as ações “só são suscetíveis de apreensão judicial ou oneração a favor de pessoas coletivas de direito público” e que “a participação direta do clube fundador na sociedade anónima desportiva não pode ser inferior a 10% do capital social”, a SAD do Belenenses alertou os interessados em adquirir ações que “estão a incorrer num logro”.

“Alertamos todos os interessados na compra de ações da Belenenses SAD detidas pelo Clube de Futebol ‘Os Belenenses’ que estão a incorrer num logro. A Belenenses SAD lutará com todos os seus meios para frustrar a tentativa desesperada de Patrick Morais de Carvalho de vender os valiosos terrenos do Restelo”, pode ler-se no comunicado que responde ao emitido pelo Belenenses, em que anuncia a venda de 10% do capital social que detém na SAD do clube.

A SAD do Belenenses, que culpou Patrick Morais de Carvalho de ter conduzido o clube “ao mais baixo número de sócios de sempre” e de “ter expulsado do Restelo a equipa profissional de futebol”, entre outras críticas, denunciou o presidente do clube lisboeta de querer “fazer dinheiro com tudo o que o Belenenses tem”.

“Patrick Morais de Carvalho pretende fazer dinheiro com tudo o que o Belenenses tem, mesmo aquilo que não pode vender. Cada vez é mais visível a sofreguidão que está a provocar a Patrick Morais de Carvalho o facto de, apesar de todas as tentativas que já realizou, ainda não ter conseguido vender um único metro quadrado dos terrenos do Belenenses”, refere.

A direção da SAD do Belenenses, presidida por Rui Pedro Soares, comunicou ainda a existência de uma dívida do Belenenses à Federação Portuguesa de Futebol num valor que “excede 600 mil euros”, após a sociedade anónima desportiva ter já dispendido 400 mil euros.

“Aconselhamos quem tiver interesse nas referidas ações a ponderar a responsabilidade a que pode estar sujeito por a Belenenses SAD estar a pagar à FPF a dívida do CFB do Totonegócio por causa da participação detida pelo CFB na Belenenses SAD. Neste momento, essa dívida do CFB excede seiscentos mil euros, após cerca de 400 mil euros que a Belenenses SAD já pagou”, explicou.

O Belenenses SAD, que acusou Patrick Morais de Carvalho de querer “vender rapidamente e sem publicidade o património do Belenenses”, avaliado “em dezenas de milhões de euros”, concluiu dizendo que irá responsabilizar o presidente do clube pelos seus atos, lamentando que os tribunais não reconheçam “a falta de credibilidade” como “causa de exclusão de responsabilidade”.

O ‘divórcio’ entre o clube e a SAD levou a que uma nova equipa de futebol fosse criada pelo Belenenses no final da época 2017/18, desde o escalão mais baixo dos Distritais, e a adoção do Estádio Nacional como nova casa da Belenenses SAD, que disputa a I Liga.

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