O FC Porto fechou a primeira volta da I Liga portuguesa de futebol com 17 golos sofridos, à média de um por encontro, o seu pior registo defensivo em 17 jornadas nos últimos 45 anos.

A última vez que os ‘azuis e brancos’ tinham sofridos tantos golos nesta fase da competição aconteceu em 1975/76, época em que chegaram à ronda 17 com 20 golos sofridos, para fecharam com 33, em 30 jogos.

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Depois dessa temporada, a 17.ª consecutiva sem vencer o campeonato – ainda chegaria à 18.ª -, nunca mais o FC Porto tinha apresentado, após os primeiros 17 jogos, uma média igual ou superior a um golo por encontro.

Na ‘era’ Sérgio Conceição, os ‘azuis e brancos’ nunca foram conhecidos pelo seu esplendor ofensivo, mas apresentavam sempre bons registos defensivos – nove golos sofridos em 2017/18, 10 em 2018/19 e 11 em 2019/20.

À quarta temporada, a equipa portista perdeu a consistência defensiva, somando já quase tantos golos sofridos com os consentidos em toda a edição 2017/18 (18, em 34 jogos) e já mais do que os 13 de 2014/15, sob o comando de Julen Lopetegui.

Caso não inverta o ritmo, o FC Porto fechará com a média de um golo sofrido por encontro, para um total de 34, que seria o pior registo desde 2001/02, precisamente o último campeonato que terminou com a vitória do Sporting.

Em termos do ‘ranking’ das defesas, o sexto lugar de 2020/21 só tem paralelo com o de 1975/76: então, o FC Porto, com 20 sofridos, perdia para Benfica e Sporting (13), Boavista (14), Vitória de Guimarães (16) e Belenenses (19).

Desta vez, os ‘azuis e brancos’ tem pior registo do que Sporting (nove), Vitória de Guimarães (13, com menos um jogo), Paços de Ferreira (14), Belenenses SAD (14), Sporting de Braga (16) e Benfica (16), para um impensável sétimo lugar.

Estes números ‘envergonham’ muitos registos dos portistas, que, nos últimos 45 anos, conseguiram atingir a 17.ª ronda com menos de 10 golos sofridos em 18 ocasiões.

Neste período, as marcas mais impressionantes datam de 1983/84 e 1991/92, épocas em que o FC Porto apenas foi batido duas míseras vezes nos primeiros 17 jogos.

Em 1983/84, Zé Beto só sofreu golos no desaire por 1-0 na Luz, com o Benfica (marcou Diamantino), e no 3-1 ao Rio Ave (Patriota), e, em 1991/92, Vítor Baía apenas foi batido por José Pedro, no reduto do Marítimo (0-1) e pelo ex-selecionador luso Paulo Bento, de penálti, em Guimarães (1-1).

Os três de 1995/96 (2-1 ao Sporting, 1-1 em Felgueiras e 1-1 no Restelo) e os quatro de 1979/80 (3-1 ao Vitória de Setúbal, 3-1 em Vila do Conde, 0-1 em Alvalade e 2-1 ao Varzim) também ficariam bem em qualquer ‘vitrina’.

No século XXI, o melhor registo defensivo do FC Porto, em 17 jornadas, são os sete tentos sofridos em 2007/08, 2010/11 e, mais recentemente, 2016/17, sob o comando de Nuno Espírito Santo.

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