A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) já reagiu às reportagens que têm vindo a público nos últimos dias, com testemunhos de árbitros e ex-árbitros a darem conta de pressões e favorecimentos nas classificações dos mesmos.

Em comunicado, a APAF nega qualquer pressão aos árbitros por parte do Conselho de Arbitragem, exigindo respeito de forma a evitar "guerras pessoais ou outros interesses".

A nota surge depois de duas reportagens transmitidas pela RTP em que o ex-árbitro Jorge Ferreira e outros três árbitros no ativo denunciam pressões feitas pelo Conselho de Arbitragem para beneficiar os grandes.

Leia o comunicado na integra

"A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), após ter tomado conhecimento de várias reportagens, sobre a alegada atuação do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), onde são colocadas em causa a seriedade e a existência de possíveis pressões sobre os árbitros vem, em representação dos árbitros dos campeonatos profissionais tecer alguns considerandos:

- Os árbitros estão, como sempre estiveram, disponíveis para colaborar com a justiça para bem da verdade, da arbitragem e do futebol;

- Os árbitros garantem que nunca sentiram ou sofreram qualquer tipo de pressão por parte de qualquer membro do CA da FPF no sentido de favorecer uma qualquer equipa;

- Os árbitros não se revêm no clima de suspeição e ofensas que foram dirigidas por colegas e ex-colegas ao CA nas reportagens que recentemente vieram a público;

- Jamais os árbitros podem compactuar com este clima de suspeição onde quem sai a perder é o futebol;

- A APAF e os árbitros exigem respeito de forma a que não exista uma utilização da sua figura para guerras pessoais ou outros interesses que não visem a valorização do futebol e a independência da arbitragem.

A APAF gostaria que neste momento de paragem de campeonatos todos refletissem sobre a forma de estar no desporto e em concreto no futebol."