Um Clássico de “deixar água na boca” para o resto da época. Assim foi o duelo entre Sporting e FC Porto, este domingo, no Estádio José Alvalade. O triunfo final, por 2-1, sorriu aos leões de Jorge Jesus, numa partida em que estiveram a perder.

Os dragões entraram praticamente a ganhar no jogo, fruto do golo de Felipe, logo aos oito minutos. Depois de marcar em Roma, o central brasileiro repetiu a façanha em Alvalade, ao desviar um livre lateral bem marcado por Layun. Foi a expressão natural – e madrugadora – da boa entrada da formação de Nuno Espírito Santo.

Porém, tudo mudaria muito rapidamente. O Sporting despertou para o jogo, acertou as suas ideias no meio-campo, muito por ‘culpa’ do omnipresente Adrien Silva, e cresceu sobre os dragões. Assim, aos 14’ anulou logo a desvantagem por intermédio de Slimani, que fez uma recarga certeira depois das tentativas de Bruno César e Gelson Martins. O passo seguinte foi dado por Gelson Martins, aos 26 minutos. Numa jogada envolta em alguma polémica, por uma pretensa mão leonina, Gelson Martins acabou por ficar com a bola à sua mercê na entrada da área e ‘fuzilou’ Casillas com um remate seco para o 2-1.

Na segunda parte esperava-se mais golos, mas o resultado já não se alteraria. Foi o tempo das estreias de Óliver Torres (FC Porto) e Joel Campbell (Sporting). O jogo manteve as emoções fortes do primeiro tempo, mas aumentou os nervos e perdeu em qualidade. Jorge Jesus foi mesmo expulso do banco de suplentes e os próprios jogadores acusaram a tensão.

Os dragões demoraram a responder à desvantagem e só nos derradeiros minutos conseguiram criar perigo junto da baliza de Rui Patrício. No entanto, faltou sempre o pragmatismo e a eficácia que seriam necessários para recuperar o resultado. Como consequência, o Sporting sai na frente e ‘puxa dos galões’ na luta pelo título.

Momento do jogo: 26’ Gelson Martins assina a reviravolta para o Sporting com um excelente remate de fora da área. Após já ter estado na jogada do primeiro tento, o jovem extremo voltou a fazer a diferença para os leões.
Os melhores:
Bruno César: O médio brasileiro pode não ter sido o jogador mais vistoso entre os leões, mas o seu papel tático no equilíbrio da equipa e na quebra do domínio inicial do FC Porto foram essenciais para virar o Clássico. Além disso, assinou o livre ao poste que desencadeou a reviravolta leonina.
Gelson: Está nos dois golos do Sporting e isso diz muito da sua crescente afirmação na equipa. Herdeiro da vaga de João Mário no onze, o jovem extremo foi um quebra-cabeças para os dragões enquanto teve gás.
Os piores:
Corona: O extremo mexicano passou quase por completo ao lado do jogo com o Sporting e acabou por sair logo ao intervalo, parecendo também registar alguns problemas físicos. Uma unidade a menos no conjunto portista.
Herrera: O capitão do FC Porto até não entrou mal no jogo, mas a partir do crescimento do Sporting eclipsou-se. Não conseguiu organizar a equipa e muito menos distribuir com critério para o ataque. Em suma, muito longe do que pode e sabe fazer.
Curiosidades:
- O Sporting somou a terceira vitória consecutiva sobre o FC Porto. A terceira desde que é orientado por Jorge Jesus.
- Slimani igualou o histórico Rabah Madjer como o argelino com mais golos na história do campeonato nacional: 48.
Discurso Direto:
Jorge Jesus: “Se o presidente quiser faz uma pipa de dinheiro”
Nuno Espírito Santo: “Somos penalizados por uma ação que o árbitro devia ter visto”

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