O Arouca recebeu e venceu o Sporting por 1-0, em partida relativa à 11ª jornada da Primeira Liga. Um golo solitário de João Basso no início da segunda parte deu a primeira vitória dos arouquenses diante dos leões. Já o Sporting vê agora o sonho do título como uma mera miragem.

Revolução sem efeito

Para o jogo deste sábado, Rúben Amorim fez uma autêntica revolução no onze inicial. Na base destas mudanças estava o desgaste físico que o próprio referiu no final da partida diante do Tottenham. Assim, o técnico leonino fez seis mudanças, promovendo as entradas de Esgaio, Nazinho, Essugo, Pedro Gonçalves, Arthur e Rochinha.

Já o Arouca vinha de cinco jogos sem perder, motivo suficiente para Armando Evangelista não fazer grandes mudanças; assim apenas Rafa Mújica deu lugar ao palestiniano Oday Dabbagh.

Apesar das mudanças, o Sporting entrou forte e pressionante, recuperando muitas bolas ainda no seu meio-campo ofensivo. Tal levou à criação de algumas oportunidades de golo que esbarraram, ou em Arruabarrena, ou na mera ineficácia dos leões. Arthur Gomes, Pedro Gonçalves, Rochinha ou Esgaio tiveram oportunidade para marcar, mas nunca conseguiram concretizar os lances de que dispuseram.

Por seu lado o Arouca mostrava-se mais compacto no seu meio-campo, à procura de rápidas transições ofensivas; uma das quais proporcionou mesmo a melhor oportunidade da primeira parte, mas Bukia não conseguiu ultrapassar Adán no frente-a-frente com o guardião espanhol.

No aproveitar é que está o ganho

Na segunda parte esperava-se a continuação da primeira, com o Sporting a controlar e o Arouca a espreitar o contra-ataque. Todavia tudo mudou logo aos dois minutos quando João Basso subiu mais alto que Essugo e correspondeu de cabeça a um canto na direita para fazer o único golo da partida.

Amorim teve de se desfazer do seu 'Plano B' e fazer avançar a 'artilharia pesada'. Praticamente de uma assentada fez entrar Ugarte, Nuno Santos, Edwards, Porro e St.Juste. Contudo, e antes que pudesse responder, os leões estiveram quase a sofrer mais um golo, valeu novamente Adán a negar o 2-0 a Tiago Esgaio.

O Arouca estava agora mais recuado e dava a iniciativa total ao Sporting que, mesmo com praticamente toda a sua equipa titular, mostrava grandes dificuldades em chegar com perigo à área adversária. Apenas através dos 'raides' de Pedro Porro os leões conseguiam ameaçar a baliza arouquense.

O Sporting criou oportunidades suficientes para vencer o jogo, mas pecou muito na hora de definir e finalizar. Porro, Coates, Pedro Gonçalves e Nuno Santos estiveram muito perto do golo, mas esbarraram sempre num obstáculo, ou na sua própria inoperância.

Para além de ser a primeira vez que perde pontos diante do Arouca, esta foi a quarta derrota do Sporting em apenas onze jornadas. Com cerca de um terço do campeonato disputado, os leões já levam 12 pontos de diferença em relação ao primeiro lugar.

Dizem que no futebol não há impossíveis...pois este parece ser um deles.

O momento do jogo

Depois de uma primeira parte praticamente toda dominada pelo Sporting, os leões entravam no segundo tempo determinados em prosseguir com o controle das operações em busca do golo. Todavia, um canto na direita logo no segundo minuto levou João Basso a subir mais alto que Dário Essugo e cabecear para o fundo das redes leoninas. O único golo da primeira vitória do Arouca diante do Sporting.

O melhor

Para além de ter marcado o único golo do jogo, João Basso foi um verdadeiro líder das 'tropas' arouquenses dentro de campo. O central da equipa da casa esteve verdadeiramente intransponível, anulando toda e qualquer iniciativa ofensiva do Sporting que surgisse na sua área de ação. A Basso muito se deve a conquista dos saborosos três pontos.

O pior

Apesar de não ter começado o jogo de início, cedo Nuno Santos ficou condicionado; o ala do Sporting viu um cartão amarelo enquanto ainda estava no banco de suplentes devido a protestos. A situação não melhorou quando entrou em campo; o português esteve em noite claramente desinspirada, principalmente na hora de finalizar. Num lance preferiu o passe quando estava na cara de Arruabarrena e, minutos mais tarde, tentou um fraco chapéu quando o guarda-redes estava fora da baliza. Ainda tentou arrancar uma grande penalidade, algo que bem lhe poderia ter custado o segundo amarelo por simulação.

O que disseram os treinadores

Armando Evangelista: "Pelo trabalho e pela estratégia, estamos de parabéns"

Rúben Amorim: "Não estou nada preocupado com o meu lugar"

Veja aqui o resumo do jogo