Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, na sala de imprensa de Alvalade, onde fez a análise ao empate do Sporting frente ao FC Porto.

Comentário sobre a sua expulsão: "Passa pela dualidade de critérios. Faço mea culpa, porque não deveria ter dito o que disse. Ouço o mesmo todas as semanas e momentos antes ouviu-se pior de outro sítio. Não posso falar sempre dos árbitros e aceito qualquer que seja o castigo. O que me revoltou foi a dualidade de critérios. Sempre a aprender e a crescer."

Análise ao jogo: "Tirando alguns minutos da segunda parte, o Sporting foi a melhor equipa. Fizemos bom jogo, tivemos oportunidade para marcar cara do guarda-redes, não soubemos perceber onde estava o espaço, mas faz parte do crescimento. Se tivéssemos perdido, diria a mesma coisa. Temos que ser leões para semana. Ao empatar com o FC Porto, perdemos dois pontos."

Decisões de arbitragem tiveram influência? "Claro que a arbitragem teve influência no resultado. Temos tido azar com o VAR. No ano passado, em Moreira de Cónegos, um jogador nosso foi agarrado e não houve nada. Hoje igual. A arbitragem teve influência no marcador, mas não no decorrer do jogo. Esse foi sempre nosso. Os jogadores estão de parabéns."

Zaidu devia ser expulso? "Já falamos disso, não vamos bater na mesma tecla. Devia ter sido expulso no lance do penálti. Quero realçar o querer e a vontade dos meus jogadores."

Poderia ter sido diferente se estivesse no banco no 2.º tempo? "Se nos lembrarmos, a única derrota foi quando voltei ao banco. Em casa já vi a equipa com um grande comportamento. A equipa técnica sabe o que fazer. Acho que não faria grande diferença."

Sporar e João Mário entraram tarde? "Não foram tardias, foi quando sentimos que precisávamos de gente fresca e de características diferentes. Em relação à posição, é semana a semana ver se vão jogar mais. O João Mário nota-se que tem experiencia com bola, mas esteve muito tempo parado. Vai demorar."

Quem tem a dizer sobre as condições de Porro e Nuno Santos? "Não sei ainda, não falei com eles. Empatámos, dei uma palavra, mas não vi ao certo, nem sabemos. Só amanha."

Exibição deixa-o confortável e confiante? "Eu estou sempre confortável. Trabalho no Sporting, sei que é um clube de exigência máxima e temos de preparar o próximo jogo. Sinto uma pressão muito grande, é assim que temos de viver esta profissão e foi a que eu escolhi. Não temos de dar respostas a ninguém. Este é o nosso trabalho. O Sporting não deixou de ser o Sporting. Sabemos que podemos dar uma grande resposta, mas se empatamos ou perdemos o próximo, voltamos à estaca zero. Estamos a começar do zero, as pessoas do Sporting têm de perceber que estamos a construir algo que é difícil. Vamos sofrer. Mas, todos juntos, vamos chegar lá."

O Sporting e o campeão FC Porto empataram, este sábado a dois golos, em encontro da quarta jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado à porta fechada no Estádio José Alvalade. Nuno Santos, aos nove minutos, e o argentino Luciano Vietto, aos 87, marcaram os tentos dos ‘leões’, enquanto o colombiano Uribe, aos 25, e o mexicano Corona, aos 45, faturaram para os ‘dragões’, que somaram o segundo jogo sem vencer.

Na Classificação, o FC Porto e o Sporting, que tem menos um jogo disputado, mantiveram-se igualados, com sete pontos, provisoriamente a dois do líder Benfica, de visita no domingo ao reduto do Rio Ave.