O treinador Álvaro Pacheco afirmou hoje que o Vizela terá de apresentar-se ao “mais alto nível” para conquistar pontos na visita a um Boavista que antecipa “muito forte”, na 11.ª jornada da I Liga de futebol, no domingo.

Elogioso para com a semana de trabalho do grupo às suas ordens, o técnico de 51 anos lembrou a “excelente exibição” dos minhotos frente ao Santa Clara, num jogo da 10.ª ronda que perderam por 1-0, após ficarem reduzidos a 10 elementos ao minuto dois, fruto da expulsão de Ivanildo Fernandes, e vincou que é possível somar pontos no Estádio do Bessa, no Porto, caso os seus pupilos “controlem o jogo”.

“Temos de estar ao mais alto nível frente a uma equipa muito forte, principalmente a jogar em casa, com o apoio dos seus adeptos, que, muitas vezes, se tornam no 12.º jogador. Temos de nos manter ao nível do Vizela, de estar tranquilos e serenos para percebermos o jogo. Vai ser um jogo intenso e compacto. Temos de controlar o jogo. Se não controlarmos o jogo, vai ser difícil regressar aos pontos”, referiu, na antevisão ao desafio marcado para as 15:30.

O Vizela, acrescentou o ‘timoneiro’, precisa sobretudo de se “manter fiel” ao que é “a nível de vontade, de caráter, de determinação e de compromisso coletivo” para se impor a um adversário com “mentalidade de campeão”, que ambiciona reverter o ciclo de três jogos sem vitórias para o campeonato.

“Sabendo como pensa aquela casa, depois dos resultados que tiveram, vão encarar o próximo jogo como uma final para regressarem às vitórias”, perspetivou.

Álvaro Pacheco reconheceu ainda que a partida anterior, frente ao Santa Clara, serviu para mostrar aos jogadores que a inferioridade numérica em campo não é razão para uma equipa “desvirtuar os seus padrões de jogo”, algo que, a seu ver, fizeram bem.

“Só não fomos superiores ao adversário na eficácia. Nos remates [14 contra 12] e no caudal ofensivo, tivemos essa superioridade. Temos de nos agarrar sempre às nossas referências. Se assim for, estaremos mais perto de conquistar o que pretendemos”, frisou.

Por causa da expulsão, o defesa central Bruno Wilson entrou, ao minuto sete, para o lugar do médio Osama Rashid, que estava a cumprir o primeiro jogo a titular pelos ‘azuis’, mas o técnico disse que o atleta compreendeu a decisão e está pronto para “dar o máximo para a equipa”.

“Não tenho dúvidas de que o Rashid estava preparado para a oportunidade. Teve azar, porque ficámos logo com menos um jogador (…) Eu sabia que ele não aguentava 90 minutos. O Alex [Méndez] e o Samu, em termos de ritmo e interpretação de jogo, estariam mais à vontade. Mas quando precisar dele, sei que vai dar o máximo para a equipa”, explicou.

O Vizela, 13.º classificado da I Liga portuguesa, com 11 pontos, defronta o Boavista, sétimo, com 16, em jogo agendado para as 15:30 de domingo, no Estádio do Bessa, no Porto, com arbitragem de Tiago Martins, da Associação de Futebol de Lisboa.