O antigo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, foi detido este domingo, no âmbito do processo dos ataques à Academia de Alcochete, a 15 de maio deste ano. Além do dirigente, foi ainda detido o líder da claque Juventude Leonina.

Em declarações à RTP, José Preto, advogado de Bruno de Carvalho, falou de uma decisão "bizarra" por parte da procuradora geral da República e questionou ainda o dia e hora em que o presidente destituído do Sporting foi detido, acrescentando que uma ação destas "não era permitida no Salazarismo".

José Preto acrescentou ainda que "a detenção fora de flagrante faz-se para garantir a presença das pessoas em diligências. Ora, há duas semanas compareci com o Dr. Bruno de Carvalho no DIAP dizendo que 'se querem alguma coisa de mim, aqui estou eu. Se precisarem de mim estou à disposição'. E, portanto, não vejo onde estejam os indícios de não comparência voluntária a qualquer diligência".

O advogado de Bruno de Carvalho confirmou ainda as buscas em casa do antigo dirigente do Sporting e referiu que as autoridades apreenderam o computador da filha mais velha de Bruno de Carvalho. José Preto acrescentou ainda que está "pronto para desencadear os mecanismos necessários" para defender o antigo dirigente dos 'leões'.

O antigo dirigente passou a noite na prisão, em instalações da GNR, e esta segunda-feira deverá ser ouvido pelo juiz de instrução do Tribunal do Barreiro.

Recorde-se que em 15 de maio deste ano, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, treinadores e ‘staff’.

No dia dos acontecimentos, a GNR deteve 23 pessoas, tendo posteriormente efetuado mais detenções, estando atualmente em prisão preventiva 38 pessoas, entre as quais o antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes.

Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.

Bruno de Carvalho, que à data dos acontecimentos liderava o clube, foi, entretanto, destituído em Assembleia-Geral e impedido de concorrer à presidência do clube, atualmente ocupada por Frederico Varandas.

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