O FC Porto dominou o futebol nacional em 2020, ao vencer três das quatro competições internas, num ano marcado pelo regresso de Jorge Jesus ao Benfica e pela ascensão do Sporting à liderança da presente edição do campeonato.

Depois de terem sido ultrapassados e perdido o título de 2018/19 para o Benfica, os ‘dragões’ aplicaram a mesma ‘receita’ aos ‘encarnados’ um ano depois, aproveitando a ‘quebra’ do rival após a paragem das competições, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, e conquistaram o 29.º título da sua história, o segundo sob o comando de Sérgio Conceição.

Os ‘azuis e brancos’ chegaram à ‘dobradinha’, ao erguerem também a Taça de Portugal, numa final com as ‘águias’, decidida com um ‘bis’ do improvável Chancel Mbemba (2-1), e terminaram o ano com o primeiro troféu de 2020/21, com o triunfo na Supertaça Cândido Oliveira na vitrina, graças a novo triunfo sobre os lisboetas (2-0), com golos de Sérgio Oliveira, de grande penalidade, e Luis Diaz.

Em 2020, a formação portista apenas deixou escapar a Taça da Liga, ao perder na final com o Sporting de Braga (1-0), que venceu a prova pela segunda vez, desta feita sob a liderança de Rúben Amorim, que acabaria por sair para o Sporting em março, por uns expressivos 10 milhões de euros, tornando-se no quarto técnico dos ‘verde e brancos’ em 2019/20, depois de Marcel Keizer, Leonel Pontes e Silas.

Na última jornada da I Liga, os ‘leões’ cederam o terceiro lugar para o Sporting de Braga, ao perderem o dérbi com o rival Benfica, que já era liderado, interinamente, por Nélson Veríssimo, em substituição de Bruno Lage. O técnico campeão em 2018/19 não resistiu à sequência de maus resultados (duas vitórias em 11 jogos) e foi afastado a cinco rondas do final.

Para a nova temporada, os ‘encarnados’ apostaram no regresso de Jorge Jesus, o treinador mais titulado da história do clube, que assumiu a vontade de colocar a equipa a jogar “o triplo” e a “arrasar”. Contudo, a realidade na primeira metade da temporada foi bem diferente, desde logo com o afastamento na pré-eliminatória da Liga dos Campeões, ante o PAOK, que atirou as ‘águias’ para a Liga Europa.

Em termos internos, o Benfica liderou o campeonato nas primeiras cinco jornadas, mas acabou por ser ultrapassado pelo Sporting, que, no arranque da competição, era tido como o mais frágil competidor entre os três ‘grandes’ e que tem surpreendido com desempenhos de qualidade, que o catapultaram para o topo da prova, ainda que com a ‘mancha’ de ter sido afastado das competições europeias logo no início.

Enquanto Benfica e Sporting de Braga asseguraram a continuidade na Liga Europa, o FC Porto voltou a demonstrar ser a formação lusa com maior apetência para ‘vingar’ na Liga dos Campeões e apurou-se para os oitavos de final, pela sexta vez nos últimos 10 anos.

Com o adiamento do Euro2020, devido à crise mundial de saúde pública, Portugal apenas vai defender o título conquistado em 2016 no próximo ano, algo que não sucederá com a Liga das Nações, já que a seleção lusa, vencedora da primeira edição, falhou o apuramento para ‘final four’.

Em termos de clubes, o Bayern Munique confirmou todo o seu poderio e arrecadou a Liga dos Campeões, numa final diante do Paris Saint-Germain, disputada em Lisboa num formato inédito, devido à pandemia de covid-19, conquista essa que ajudou o polaco Robert Lewandowski a ser eleito o melhor jogador do mundo, à frente de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.

Bayern, Real Madrid, Juventus e Paris Saint-Germain foram os campeões nos respetivos países, mas o grande destaque acabou por ser o Liverpool, que foi coroado em Inglaterra, 30 anos depois de ter erguido o troféu pela última vez.

Se 2020 já ficaria marcado como um dos anos mais ‘castradores’ de que há memória para a população global, será também recordado como aquele que privou o mundo de Diego Armando Maradona (60 anos) e do italiano Paolo Rossi (64), bem como de Vítor Oliveira (67), treinador português que, entre tantas outras coisas, deixou um legado de 11 promoções à I Liga.

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