Este é mais um excerto da crónica que Jurgen Klopp escreveu para o 'The Players Tribune', desta feita sobre o golo de Origi, frente ao Barcelona, que colocou o Liverpool na final da Liga dos Campeões da edição passada.

A jogada, recorde-se, teve início num canto batido de forma inusitada por Trent Alexander-Arnold.

"Infelizmente, o momento mais incrível da história da Liga dos Campeões... Não o vi realmente. Talvez seja uma boa metáfora para a vida de um treinador de futebol, não sei. Mas perdi completamente o momento de genialidade do Alexander-Arnold", começou por recordar o técnico dos 'reds'.

"Eu vi a bola sair para canto, vi o Trent [Alexander-Arnold] caminhar para o bater e vi o Shaqiri segui-lo. Mas virei costas, porque estávamos a preparar uma substituição. Estava a falar com o meu adjunto e... Fico com pele de galinha sempre que penso nisto... Simplesmente ouvi o barulho. Virei-me para o jogo e vi a bola voar até às redes. Virei-me novamente para o banco e olhei para o Bem Woodburn e ele perguntou 'o que é que aconteceu?' e eu respondi 'não faço ideia!'. Anfield foi à loucura. Quase não ouvia o meu adjunto, e ele gritava "Então... Ainda queres fazer a substituição?". Ri muito", admitiu.

O golo de Origi acabou por permitir a reviravolta do Liverpool nas meias-finas da Liga dos Campeões, com vitória por 4-0 em Anfield depois de uma derrota por 3-0 em Camp Nou.

"Consegues imaginar? 18 anos como treinador, milhões de horas a ver jogos, e perdi o momento mais atrevido que aconteceu num campo de futebol. Desde essa noite, devo ter visto o golo do Divock [Origi] 500 mil vezes. Mas lá, só vi a bola nas redes", contou.