O treinador do Arsenal, o espanhol Mikel Arteta, que testou positivo por COVID-19 em março, afirmou hoje que o maior obstáculo no regresso do futebol será “consciencializar os jogadores dos rígidos protocolos de saúde necessários".

“O mais difícil vai ser educar os jogadores e todos os envolvidos nos treinos e nos jogos. Têm que entender que isso é algo diferente e único. Temos que ser muito rigorosos. E acho que vai ser difícil consciencializar os jogadores dos rígidos protocolos de saúde que são necessários”, afirmou Arteta, em declarações ao canal britânico Sky Sports.

Em 12 de março, o técnico de 38 anos tornou-se na primeira pessoa ligada à 'Premier League' a acusar positivo do novo coronavírus, mas já se encontra totalmente recuperado e a trabalhar no Arsenal.

"Os jogadores chegam cinco minutos antes da sessão no seu próprio carro, com as suas próprias roupas, com a sua própria água e a sua barra de energia. Existe apenas um jogador por campo. Nada mais. Eles não se tocam e quase nem se olham. Cada um tem o seu programa e termina passada uma hora”, contou o antigo médio espanhol.

Nesta altura, os organizadores da 'Premier League' estão em conversações com especialistas médicos e com o governo britânico para tentar retomar o futebol em junho e disputar os 92 jogos que faltam para terminar a edição 2019/20.

A competição foi interrompida no início de março devido à pandemia de COVID-19, numa altura em que o Liverpool tinha caminho livre para ser campeão, já que lidera a prova com mais 25 pontos do que o Manchester City, de Bernardo Silva e João Cancelo. O Arsenal seguia em nono.

Com a declaração de pandemia, em 11 de março, inicialmente alguns eventos desportivos foram disputados sem público, mas, depois, começaram a ser cancelados, adiados – nomeadamente os Jogos Olímpicos Tóquio2020, o Euro2020 e a Copa América – ou suspensos, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais de todas as modalidades.

Os campeonatos de futebol de França e Países Baixos foram, entretanto, cancelados, enquanto países como Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal preparam o regresso à competição.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 257 mil mortos e infetou quase 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.089 pessoas das 26.182 confirmadas como infetadas, e há 2.076 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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