Portugal e Cristiano Ronaldo prometeram muito nos primeiros ‘compassos’ do Mundial de futebol de 2018, na Rússia, mas, ao primeiro jogo a eliminar, os campeões europeus em título foram ‘mandados’ para casa.

Na sétima presença, e quinta consecutiva, a formação das ‘quinas’ caiu nos ‘oitavos’, como em 2010, desta vez perante o Uruguai, depois de um empate com a Espanha, um triunfo face a Marrocos e uma igualdade com o Irão na fase inicial.

Ronaldo, que só havia marcado um golo em cada uma das três anteriores participações (um em 2006, um em 2010 e outro em 2014), num total de 13 jogos, só precisou de 90 minutos para igualar o registo e conseguiu-o logo frente à Espanha.

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O então jogador do Real Madrid inaugurou o marcador aos quatro minutos, de grande penalidade, fez o 2-1 aos 44 minutos, e, depois da reviravolta conseguida pelos espanhóis (2-3), resgatou um ponto aos 88, na transformação soberba de um livre direto.

Ronaldo parecia pronto para, finalmente, brilhar num Mundial e deu sequência a esta exibição logo no início do segundo jogo, ao marcar logo aos quatro minutos do encontro face a Marrocos, num golo que acabou por valer o triunfo (1-0).

Mas, depois de quatro golos em um jogo e pouco, o ‘capitão’ da seleção portuguesa ‘desapareceu’ de cena e, ‘contagiado’, o coletivo também não deu a melhor resposta.

O ‘7’ da formação das ‘quinas’ falhou inclusivamente um penálti face ao Irão, no terceiro jogo da fase de grupos, que, então, teria dado uma vantagem de dois golos a Portugal, após o tento inaugural de Ricardo Quaresma, aos 45 minutos.

Na parte final, os iranianos, comandados pelo português Carlos Queiroz, restabeleceram a igualdade (1-1), num penálti transformado por Karim Ansarifard, aos 90+3 minutos, e, pouco depois, quase eliminaram Portugal, valendo um falhanço do agora portista Mehdi Taremi.

A formação de Fernando Santos, que já não tinha convencido na campanha rumo à conquista do Europeu de 2016, salvou-se de tombar pelo segundo Mundial consecutivo na fase de grupos, mas falhou o triunfo no Grupo B.

Desta forma, e em vez de defrontar a anfitriã Rússia, a seleção lusa emparelhou com o Uruguai e não conseguiu voltar aos triunfos em jogos de ‘mata mata’, o que sucedeu pela última vez nos ‘quartos’ do Mundial de 2006, então face à Inglaterra, que Portugal eliminou nos ‘penáltis’ (3-1, após 0-0 nos 120 minutos).

O avançado Edinson Cavani, com dois golos (sete e 62 minutos), acabou por ser o ‘carrasco’ da formação das ‘quinas’, sendo que, pelo meio (55), o central Pepe ainda restabeleceu a igualdade, num jogo em que Cristiano Ronaldo ‘não deu notícias’.

Pelo terceiro Mundial consecutivo, Portugal não foi, assim, além do quarto jogo, acabando no 13.º lugar, um registo muito aquém dos ‘sonhos’ lusos, que era maiores desta vez, devido à vitória, dois anos antes, no Europeu de França.

No total, Portugal marcou seis golos - quatro por intermédio de Ronaldo, que partilhou o segundo lugar da lista dos marcadores com mais um quarteto, apenas atrás do inglês Harry Kane (seis) – e sofreu outros tantos.

Ao faturar na Rússia, o jogador luso também se tornou o quarto jogador a marcar em quatro fases finais, replicando os feitos do brasileiro Pelé e dos alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose.

Na qualificação, Portugal entrou a perder, na Suíça (0-2), mas, depois, somou nove vitórias consecutivas, a última na receção aos helvéticos, também por 2-0, e ganhou o Grupo B, num percurso assinalado por 15 golos de Ronaldo e nove de André Silva.

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