Organizações Não-Governamentais (ONG's) e opositores têm pedido à FIFA, nos últimos dias, sanções para o Irão, incluindo a exclusão do próximo Mundial de futebol, por banir as mulheres do estádio no jogo Irão-Líbano, na passada terça-feira.

Segundo revelado por meios de comunicação iranianos, o Irão proibiu novamente a entrada no estádio a cerca de 2.000 mulheres no Irão-Líbano, em partida a contar para a qualificação para o Mundial2022, que venceu por 2-1.

"Cerca de 2.000 mulheres iranianas, que tinham comprado bilhetes para o jogo Irão-Líbano, estavam presentes no perímetro do Estádio Imam Reza [Mashhad, nordeste], mas não foram autorizadas a entrar no estádio", alertou a agência noticiosa ISNA.

Os opositores iranianos acusaram as autoridades de dispersar as mulheres que protestavam à volta do estádio, utilizando gás lacrimogéneo.

Human Rights Watch defende que FIFA deve considerar sanções ao Irão por proibir mulheres nos estádios
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Na sequência dos acontecimentos, o grupo "United for Navid", criado em homenagem ao lutador Navid Afkari, que foi enforcado em setembro de 2020, apesar dos protestos internacionais, disse que o Irão deveria ser impedido de participar em jogos internacionais de futebol até mudar de posição.

Em janeiro, pela primeira vez em três anos, as autoridades iranianas tinham autorizado espetadoras femininas no encontro de futebol da seleção nacional, na ocasião diante do Iraque.

A partir de 1979, após a revolução islâmica, as mulheres foram proibidas de entrar em estádios, com a justificação oficial de as proteger dos homens, algo que, em 2019, o país do Médio Oriente teria prometido reverter, segundo a FIFA.

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