O treinador português Carlos Queiroz vai tentar voltar a fazer ‘magia’ e conseguir um quinto apuramento, com uma quarta seleção, para a fase final do Mundial de futebol, agora o Egito, que procurar ‘vingar-se’ do Senegal.

Menos de dois meses após terem perdido para os senegaleses a final da CAN2021, no desempate por penáltis (2-4, após 0-0 nos 120 minutos), os ‘faraós’ reencontram o mesmo adversário, num duelo a dois jogos só com um ‘passaporte’ para o Qatar.

A formação de Queiroz, e de Mohamed Salah, joga primeiro em casa, na sexta-feira, no Estádio Internacional do Cairo, com tudo a decidir-se quatro dias depois, no Estadio Me Abdoulaye Wade, em Diamniadio, no Senegal, a ‘casa’ de Sadio Mané.

Os egípcios procuram a quarta presença em Mundiais, depois de 1930, 1990, com o ‘aveirense’ Magdi Abdelghani, e 2018, enquanto os senegaleses tentam a terceira, após 2002, edição em que chegaram aos quartos de final, e também 2018.

Por seu lado, Carlos Queiroz, o técnico que levou Portugal a dois títulos mundiais de juniores (1989 e 1991), vai em busca de um quinto apuramento, depois de o ter conseguido ao comando de África do Sul (2002), Portugal (2010) e Irão (2014 e 2018).

Na primeira ocasião, e depois de ter guiado os sul-africanos ao triunfo no Grupo E da fase final do apuramento da CAF, com cinco triunfos e um empate, Queiroz acabou despedido a meses do primeiro mundial do século XXI.

Na Coreia do Sul e Japão, onde Portugal dececionou, ao cair na primeira fase, a África do Sul ficou na primeira fase, ao ser terceira do Grupo B, com quatro pontos, ficando atrás de Espanha (nove) e Paraguai (quatro), que prevaleceu pelos golos marcados.

Depois de vários anos como adjunto de ‘sir’ Alex Ferguson no Manchester United, Queiroz regressou à seleção das ‘quinas’ em 2008 e qualificou-a para a fase final do Mundial2010, depois de, na primeira passagem, ter falhado o Euro92 e o Mundial94.

Ao ficar atrás da Dinamarca no Grupo 1 de qualificação, Portugal teve de jogar um ‘play-off’, no qual derrotou a Bósnia-Herzegovina (1-0 em casa e 1-0 fora), para, na fase final, na África do Sul, cair nos oitavos de final.

Na fase de grupos, a formação lusa só marcou golos à Coreia do Norte (7-0), empatando a zero com Brasil e Costa do Marfim, para, nos ‘oitavos’, ser afastada pela Espanha (0-1), que viria a sagrar-se campeã pela primeira e única vez.

Queiroz saiu, depois, a mal da seleção lusa, para, em 2011, rumar ao Irão, seleção ao serviço da qual chegou à centena de jogos e que colocou em dois Mundiais, em 2014 e 2018.

O Irão deixou boa imagem, apesar de nunca ter ultrapassado a fase de grupos.

No Brasil, empatou com a Nigéria (0-0) e perdeu com Argentina (0-1, culpa de um golo de Messi nos descontos) e Bósnia-Herzegovina (1-3), e, na Rússia, bateu Marrocos (1-0), perdeu com a Espanha (0-1) e empatou com Portugal (1-1).

Agora, e depois de uma passagem ‘incompleta’ pela Colômbia, está na luta por colocar o Egito na fase final do Mundial de 2022, precisando de bater o Senegal, na reedição, a duas mãos (sexta-feira em casa e terça-feira fora), da final da última CAN.

Quanto aos outros confrontos, a Nigéria mede forças com o Gana, em outro duelo que promete, tal como o que coloca frente a frente os Camarões, que já não são comandados por António Conceição, e a Argélia, sensações das edições 1990 e 1982, respetivamente.

Por seu lado, o Mali, que nunca esteve numa fase final, enfrenta a Tunísia, que já vai em cinco presenças, e a República Democrática do Congo, que esteve como Zaire na edição de 1974, mede forças com Marrocos, a equipa que ‘arrumou’ Portugal em 1986.