Thiago Silva mostrou-se preocupação, esta segunda-feira, com as lesões recorrentes e o calendário apertado esta época, devido aos adiamentos de provas por conta da COVID-19 e que desfiguraram a seleção brasileira para a próxima dupla ronda das eliminatórias Sul-Americanas de apuramento ao Mundial2022.

"Temos que nos reinventar a toda a hora, devido a perdas de jogadores por COVID-19 ou lesões de muitos jogos. Não somos máquinas", disse o experiente defesa central de 36 anos, em conferência de imprensa virtual em Teresópolis, perto do Rio de Janeiro.

O Brasil, que vai jogar contra a Venezuela na sexta-feira e o Uruguai no dia 17 de novembro, enfrenta uma série de lesões (Philippe Coutinho, Fabinho, Rodrigo Caio) e jogadores infetados com a COVID-19 (o capitão Casemiro, Alex Telles e Eder Militão).

As ausências para os duelos das eliminatórias Sul-Americanas aumentam a incerteza em relação ao craque Neymar. O jogador do PSG, que tem problemas na coxa, não poderá jogar contra os venezuelanos em São Paulo, mas a equipa técnica de Tite espera que ele se recupere a tempo para enfrentar a Celeste, em Montevidéu.

"Neste momento, não só em Inglaterra, mas acredito que em todos os campeonatos, estão a ter jogos a cada três dias. Num estudo que foi publicado recentemente, as lesões estão muito mais próximas de acontecer após o quarto ou quinto jogo seguido. Isso é preocupante para nós", acrescentou o defesa central do Chelsea, de Inglaterra.

O ex-defesa do PSG, que deverá ser o capitão do Brasil diante da ausência de Casemiro, disse que devido à sua "idade avançada" leva mais a sério a preparação, principalmente a alimentação.

"Eu mudei muito a minha alimentação, comia muita porcaria. Hoje sabemos que precisamos de ter mais cuidados, não só nos treinos de campo e no ginásio, mas também na parte externa, que requer alimentação mais equilibrada", explicou.

Silva reconheceu que está impressionado com a intensidade dos jogos da Premier League, em Inglaterra, onde desembarcou a meio deste ano após oito temporadas em Paris.

"Nos dois últimos jogos que eu joguei, sai com uma dor de cabeça tremenda, porque são jogadas áreas a toda a hora, uma constante, um ritmo de jogo muito elevado", afirmou.

No sábado, Thiago Silva marcou o seu primeiro golo pelo Chelsea, exatamente de cabeça, na vitória por 4-1 sobre o lanterna-vermelha, o Sheffield United.

O central considerou como sendo a "boa notícia da semana" o anúncio nesta segunda-feira dos laboratórios Pfizer e BioNtech sobre a descoberta de uma vacina com "90 por cento de eficácia" contra a COVID-19.

"Espero que possa ser aprovada o mais rápido, para que os estádios possam voltar a ficar cheios", concluiu

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