Um golo de Harry Kane, de grande penalidade, deixou a Inglaterra perto do apuramento para os quartos-de-final do Mundial 2018 mas Yerry Mina tinha outros planos e empatou a partida aos 93. Não se marcaram golos no tempo extra e, nas grandes penalidades, os ingleses foram mais frios e venceram a Colômbia por 4-3. Os ingleses vão defrontar a Suécia, que esta tarde venceu a Suíça, também por 1-0. Num jogo quezilento, com muitas faltas e amarelos, faltou aos 'cafeteros' ter mais homens no processo ofensivo.

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A Inglaterra, um dos grandes candidatos a vencer o Mundial 2018, tinha de se livrar primeiro da sempre combativa Colômbia, uma seleção que começou mal a fase de grupos mas acabou em primeiro. Os 'cafeteros' perderam na ronda inaugural com o Japão mas venceram depois a Polónia por 3-0 e o Senegal por 1-0, terminando no primeiro posto. Já os ingleses, após vencerem Tunísia e Panamá, foram derrotados pela Bélgica e acabaram em segundo.

Este foi o jogo mais físico, com mais duelos, até agora nestes oitavos-de-final. Muitas faltas, muitos amarelos, escaramuças entre jogadores,... houve de tudo. Mark Geiger, árbitro norte-americano que dirigiu o encontro, teve muito trabalho.

Com um meio-campo reforçado com Carlos Sanchez, Jefferson Lerna e Wilmar Barrios, José Pekerman montou uma equipa mais vocacionada para a defesa, tentanto tapar os caminhos para a sua baliza. A tarefa atacante ficava à cargo de Quintero, Cuadrado e Falcão. James Rodriguez, lesionado, era o grande ausente. O plano era pressionar os ingleses, ganhar a bola e sair em contra-ataque, mas sem nunca desmontar o trio do meio-campo.

O intervalo chegou com dois remates enquadrados para cada equipa mas com a Inglaterra a criar mais perigo. Os ingleses tinham rematado por oito vezes, conta quatro dos colombianos. De resto, foram 45 minutos de muita luta, algumas quezílias. A Inglaterra teve vários cantos e livres laterais mas Davinson Sánchez e Yery Mina estavam intransponíveis pelo ar.

Num jogo de muita luta, muitos agarrões, muitas faltas e muitos amarelos, os lances de bola parada ganhavam preponderância. Aos 54 minutos, Carlos Sánchez agarrou, de forma descarada, Harry Kane, na sequência de um canto dos ingleses. Mark Geiger, em cima da jogada, não teve dúvidas em marcar a grande penalidade. O capitão dos ingleses atirou para o meio da baliza, enganando Ospina. Sexto golo e reforço de liderança na lista dos melhores marcadores do Mundial 2018.

Pekerman reagiu de pronto, desfazendo o trio de médios, colocando Bacca na frente, ao lado de Falcao. Mais tarde fez entrar Muriel e Uribe para os postos de Quintero e Carlos Sánchez. Apesar de ter mais homens na frente, a Colômbia tinha dificuldades em levar a bola até a zona de finalização. E quando finalmente conseguia, como aconteceu aos 82 minutos, falhava. Bacca recuperou a bola, meteu em Cuadrado na área mas o remate do jogador da Juventus saiu por cima. Tinha duas boas opções no meio.

E ao terceiro minuto do tempo de compensação, um canto de Cuadrado foi encontrar Yerry Mina no 'terceiro andar'. Impulsão fantástica do central colombiano, a ganhar na altura e a desviar para o fundo da baliza, atirando o jogo para o prolongamento. O lance nasce de uma defesa fantástica de Pickford, num remate de muito longe de Uribe. O guarda-redes inglês voou para desviar com a ponta dos dedos. Mais uma vez Mina a salvar a equipa, como já tinha feito frente ao Senegal.

Na meia hora de tempo extra, nada de novo. A Colômbia ganhou moral extra com o golo nos descontos e surgiu no prolongamento mais solto, a tentar mesmo o 2-1 frente a uma Inglaterra que começava a dar sinais de fadiga muscular. Um remate de Dier por cima, após canto e um centro/remate de Danny Rose foi o melhor que se viu na meia hora de tempo extra.

Nas grandes penalidades, Falcao, Cuadrado, Muriel e Bacca marcaram para os colombianos, Uribe atirou à barra, Bacca permitiu a defesa a Pickford. Na formação inglesa, marcaram Kane, Trippier, Rashford e Dier. Handerson falhou.

Os ingleses vão defrontar a Suécia no próximo sábado. Os suecos venceram também por 1-0 a Suíça. Este será a nona vez que a seleção dos três leões chega aos quartos-de-final, a primeira desde 2006.