O vencedor do Mundial de 2014, Jérôme Boateng, negou esta quinta-feira, perante um tribunal de Munique, ter agredido a mãe das suas filhas gémeas durante uma discussão em 2018.

O defesa de 33 anos contou a sua versão dos acontecimentos ao testemunhar por quase duas horas no tribunal regional de Munique.

Boateng contestou as acusações da ex-namorada, Sherin S., que disse ao tribunal que este a esmurrou, fazendo-a perder o fôlego durante uma discussão, enquanto o casal estava de férias com as filhas em julho de 2018.

O incidente aconteceu algumas semanas após o Mundial na Rússia, em que Boateng representou a seleção da Alemanha, eliminada logo após a fase de grupos.

As tensões aumentaram entre o ex-casal, numa altura em que Boateng tentava uma transferência de alto nível para o Paris Saint-Germain, que nunca se materializou.

O jogador de futebol insistiu que "não se tornou violento" e negou ter atacado a ex-namorada, que ele afirma que lhe deu vários socos, ao ponto de o ter magoada num lábio.

Na noite do suposto ataque, a ex-companheira de Boateng disse ao tribunal que o jogador lhe "pressionou um olho com o polegar, mordeu-me na cabeça e puxou-me pelos cabelos até ao chão".

Ela alega que Boateng, que tem 1,90 metros de altura, a insultou várias vezes e lhe bateu nas costas com "um soco forte e vários socos leves. Foi quando perdi o fôlego por um momento".

Boateng e a ex-namorada também estão ainda envolvidos numa disputa legal pela custódia das suas filhas gémeas, que atualmente moram com o jogador de futebol.

Se for considerado culpado, Boateng pode ser multado ou preso por até cinco anos.