O Sporting de Braga foi hoje surpreendentemente eliminado da Liga Europa de futebol, após empatar 2-2 em casa com o Zorya, num jogo em que cometeu demasiados erros e desperdiçou duas vantagens.

Depois do empate 1-1 na primeira mão, há uma semana, o Sporting de Braga estava em vantagem, ainda que ligeira, podendo até qualificar-se com um nulo na 'Pedreira', mas os erros defensivos pagaram-se muito caros.

Os minhotos continuam sem conseguir ganhar um jogo a uma equipa ucraniana (quatro empates e seis derrotas), sendo que a equipa de Abel Ferreira fica de fora das competições europeias ainda antes da fase de grupos, objetivo mínimo dos responsáveis do Sporting de Braga.

O primeiro golo surgiu aos 65 minutos, um livre perfeito cobrado por João Novais, mas o Zorya empatou cinco minutos depois, por Ratão, empate que só durou três minutos até ao golo do goleador de serviço dos minhotos, Ricardo Horta.

Contudo, Karavaev, aos 82, aproveitou uma 'cratera' na defesa bracarense e um erro grosseiro de Sequeira ao tentar cortar a bola, para fazer o 2-2, que garantiu o apuramento do Zorya.

O afastamento do Sporting de Braga é difícil de compreender, e os jogadores mostraram essa incredulidade no final da partida, porque a sensação que ficou dos dois jogos é que é melhor do que o Zorya, mas pagou muito caro alguns erros defensivos pouco habituais, em especial o defesa esquerdo Sequeira, o 'elo mais fraco' da equipa, que já tinha ficado ligado ao golo sofrido há uma semana.

A primeira parte foi um 'sono' autêntico, com o Braga muito previsível, sem velocidade e a falhar passes em demasia, com destaque para Bruno Viana na primeira fase de construção, merecendo ainda nota a saída por lesão de Raul Silva (38).

João Novais ainda pôs Luiz Felipe à prova aos sete minutos com um remate de meia distância, sendo que o Zorya, ofensivamente, não existiu.

No primeiro minuto da segunda parte, o Braga criou duas situações de algum perigo, o que parecia indicar uma mudança de atitude da equipa minhota, mas o jogo voltou a cair na mesma toada e a defesa minhota ia dando sinais de pouca tranquilidade.

Um erro de Pablo Santos a meio-campo possibilitou um rápido contra-ataque ucraniano, culminado com um potente remate de Ratão, que Matheus defendeu com dificuldade para canto (59).

Aos 65 minutos, surgiu o grande golo de João Novais, através de um livre ainda de muito longe.

Na sequência do lance, o Zorya ficou privado do guarda-redes Luiz Felipe, devido a lesão, mas, pouco depois, chegou ao empate, por Ratão, que rematou com classe, após uma boa jogada coletiva, aproveitando também uma defesa bracarense mal colocada (70).

A equipa de Abel Ferreira reagiu bem e o empate também durou pouco, porque o goleador Ricardo Horta (quarto golo da época) voltou a pôr os bracarenses em vantagem com um toque subtil por cima do guardião Makharadze (73).

Logo a seguir, Dyego Sousa atirou ao poste (76), mas o tremendo 'balde de água gelada' chegaria aos 82 minutos, com o segundo golo do Zorya, por Karavaev, num lance em que Sequeira, tal como na Ucrânia, voltou a falhar um corte, permitindo a assistência de Kharatin para o toque final.

Abel Ferreira apostou em Xadas para tentar o triunfo, mas sem sucesso e, no final, fica a imagem dos jogadores 'arsenalistas' prostrados sobre o relvado.

Notícia atualizada às 22h44