Simeone tinha dado o mote e de alguma forma Jorge Jesus fez-lhe a vontade: A equipa do Sporting apareceu em Alvalade com um esquema de três centrais: Mathieu, Coates e André Pinto. O intuito era tornar o jogo do leão menos previsível e abalar a estrutura do Atlético.

Com as ausências de pedras importantes, como Bas Dost, William, Piccini e Coentrão, Jorge Jesus deu o flanco direito a Ristovski. Battaglia, Bruno Fernandes e Bryan Ruiz ficaram-se pelo miolo e Gelson com a missão de apoiar Montero, que era o homem mais adiantado.

Muito forte na reação à perda de bola, o Sporting sufocou o Atlético, numa primeira parte de sonho em que os donos da casa dispuseram de 'n' oportunidades para, pelo menos, empatar eliminatória. O Sporting foi a antítese do que foi em Madrid: Incisivo, seguro nas transições e sem dar veleidades aos 'colchoneros'.

Ao inaugurar o marcador (por Montero, aos 29 minutos), o leão, com frieza de equipa grande, soube esperar o momento para lançar todas as cartas. Contudo, até poderia não ter que o fazer, já que à beira do intervalo, Gelson Martins teve demasiado coração e pouca 'cabeça', - era redonda para Bas Dost- e falhou um golo que parecia certo.

No segundo tempo, com o Sporting balanceado e depois das entradas de Petrovic (entrou para o lugar de Mathieu que se lesionou), Doumbia e Rúben Ribeiro, abriram-se espaços na defensiva leonina. Montero ainda teve nos pés o golo do empate, mas pareceu tremer, no momento do remate, ante Oblak. Com os minutos a sucederem-se e o cansaço a deixar marcas, o Atlético cresceu no jogo e aproximou-se da baliza de Rui Patrício. Valeu a noite menos feliz de Griezmann na finalização e o Patrício, do costume.

Com o Atlético a não matar, o Sporting partia com tudo para o ataque final à baliza 'colchonera'. Mas nesse momento, com o tempo a escassear e com a equipa de Jesus a precisar de um futebol mais direto, sentiu-se claramente a falta do 'goleador' Bas Dost. A saída de Bryan Ruiz acabou por tirar a batuta aos leões no momento da organização e o Sporting não mais conseguiu criar perigo até final. O Sporting sai da Liga Europa de cabeça erguida depois de uma exibição que dá esperança para o futuro.

Momento: Minuto 46, tempo de compensação da primeira empate. Depois de um cruzamento de Acuña, Gelson tem o empate na cabeça, mas o remate acaba por sair ao lado. Se a bola tem entrado, a história do jogo seria certamente outra.

Altos:

Bruno Fernandes:

Escondido em Madrid, Bruno Fernandes foi o dínamo da equipa, transportando e munindo com eficiência o ataque. Na segunda parte ainda tentou o golo, através da sua boa meia distância. Foi fortíssimo no capítulo da recuperação de bola e fez a assistência para o golo de Montero.

Bryan Ruiz: Criterioso no passe e lúcido a solicitar os companheiros de equipa, o Sporting sentiu a sua saída no segundo tempo. Saiu esgotado depois de uma exibição imaculada.

Oblak: Defendeu tudo o que havia por defender e é se o Atlético sobreviveu em Alvalade deve muito ao antigo guardião do Benfica. Na primeira parte, fartou-se de 'aquecer' as mãos já que o Sporting 'mirou' muito a baliza na primeira parte. No segundo tempo, não teve tanto trabalho, mas voltou a ser decisivo ao negar o golo do empate a Montero.

Griezmann: Foi o homem do Atlético que esteve em maior em evidência. O 'astro' do Atleti apareceu nos últimos 15 minutos e deu ainda bastante trabalho a Rui Patrício. Nas duas grandes chances de golo dos 'colchoneros', primeiro permitiu a 'mancha' de Patrício, a seguir, depois de ter passado por tudo e todos acabou por falhar um golo 'cantado'.

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