A vida teima em não ser fácil para o Paris Saint-Germain na Champions League. Depois de Neymar, Kylian Mbappe e companhia terem perdido por 2-1 na primeira mão dos oitavos de final frente a um Dortmund e a um Erling Haaland super-inspirado, num jogo que contou com 80 mil espectadors nas bancadas, a turma parisiense vai agora ter de enfrentar o jogo da segunda mão, no seu estádio, à porta fechada em virtudo do surto do coronavírus.

As estimativas apontam para que a ausência dos quase 50 mil adeptos que lotariam o Parque dos Príncipes custe aos cofres do clube cerca de seis milhões de euros e o próprio presidente da turma da capital francesa pediu aos adeptos do clube para se juntarem em redor do estádio para transmitir o apoio à equipa.

Vida complicada na 'Champions'

Se o PSG reina no futebol francês e caminha tranquilamente para a conquista do seu sétimo título de campeão consecutivo, a história tem sido bem diferente nos palcos europeus, apesar de ser esse o grande sonho do clube, e nas últimas três temporadas os parisienses caíram mesmo nestes oitavos de final.

Em 2017 nem uma vitória por 4-0 na primeira mão, sobre o Barcelona, chegou para passar aos quartos de final, com os catalães a vencerem depois, de forma extraordinária, por 6-1 na segunda mão, virando a eliminatória. Em 2018 o carrasco foi o Real Madrid e, na temporada passada, contra todas as expectativas, o PSG não conseguiu superar o Manchester United.

Atenções continuam viradas para Haaland no Dortmund

No Dortmund, todas as atenções continuam viradas para o jovem prodígio norueguês Erling Haaland, figura do jogo da primeira mão ao apontar os dois golos da turma germânica antes de Neymar reduzir, a passe de Mbappé, para o PSG. Foram o nono e décimo golo de Haaland nesta edição da Liga dos Campeões, visto que o avançado trazia já oito da fase de grupos com a camisola do Salzburgo.

Haaland continua a bater recordes e a dar que falar, com 12 golos marcados em dez jogos pelo Dortmund, onde chegou no mercado de transferências de janeiro. Mas o conjunto germânico não é só Haaland e o treinador Lucien Favre conta com um conjunto de outros jogadores que proporcionam um futebol vibrante e de ataque. Com homens como Jordan Sancho ou Thogan Hazard ao lado de Haaland, não será nada fácil a um Paris que terá de apostar no ataque manter a sua baliza incólume na receção aos germânicos.