O governo italiano dirigiu uma carta a Aleksander Ceferin pedindo que a UEFA reconsidere a localização da final da Liga dos Campeões.

Isto por a final da edição deste ano da ‘prova milionária’ está marcada para o Estádio Olímpico Atatürk, em Istambul, na Turquia, país que nesta altura coordena uma ofensiva militar contra as posições das milícias curdas no nordeste da Síria, que foi já condenada pela União Europeia.

Ora, é no seguimento desse repúdio dos países da União que Vicenzo Spadafora, Ministro Italiano da Juventude e do Desporto, pede que a UEFA reavalie a localização do jogo da final.

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Numa carta escrita e divulgada pelo próprio no instagram, Spadafora pede a Ceferin que o órgão que preside “avalie se não é inadequado manter, em Istambul, a final da UEFA Champions League prevista para 30 de maio”.

“Sabemos bem que o drama do que está a acontecer na Síria não será resolvido que este gesto, mas todos estamos cientes da importância – política, mediática, económica, cultural – de um dos eventos mais importantes do mundo. (…) espero que o futebol europeu, possa fazer a escolha mais corajosa e demonstrar, mais uma vez, que o desporto é um instrumento de paz”, acrescentou.

De recordar, que a ofensiva turca na Síria tem-se vindo a ‘intrometer’ no mundo desportivo, depois dos jogadores da Seleção Turca festejarem os golos da dupla jornada de qualificação com uma saudação militar, que foi tida como uma declaração de apoio à invasão turca (sobre a qual a UEFA já lançou um inquérito disciplinar) e já provocou inclusive a dispensa de Cenk Sahin, depois de uma publicação de apoio ao governo turco no Instagram.