Dentro do Grupo G existe um candidato que, na teoria, é o mais forte a terminar esta fase em primeiro lugar. Falamos do Chelsea. Com o Maccabi Tel Aviv (ontem perdeu 4-0 com os Blues) de fora desta corrida, cabe ao FC Porto e ao Dínamo de Kiev lutar pela outra vaga disponível.

Os então candidatos defrontaram-se ontem na capital ucraniana e os Dragões vieram de lá com um empate bastante amargo.

Aos 20 minutos, Oleh Husyev deu a vantagem à equipa da casa, com um golo que fez corar a defesa portista. Num contra-ataque a partir da direita, Miguel Veloso falhou a emenda no miolo da área, Maxi não conseguiu cortar, e Gusev, sem marcação, rematou para o fundo das redes. O guarda-redes espanhol podia ter feito melhor, no encontro em que se tornou no segundo jogador a completar 151 jogos na Liga dos Campeões, depois de Xavi Hernández.

Contudo, a euforia dos ucranianos durou apenas três minutos. Tempo suficiente para Aboubakar mostrar o que vale, com um cabeceamento exímio após passe, preciso, de Layún.

Depois do golo do Dínamo de Kiev, o FC Porto comportou-se à altura e daí ter conseguido estabelecer novamente o empate. Aboubakar começava aqui uma exibição monstruosa, apoiada na técnica e cérebro que vinha de trás e que tem o nome de André André.

O antigo Vitória de Guimarães fez lembrar, ontem, em Kiev, um pouco de João Moutinho. A sua forma inteligente de parar o jogo, acelerar, encontrar espaços onde parecem impossíveis de penetrar… Tudo isso foi André André, um jogador que se mostrou disponível para jogar em equipa. A este ritmo, tornar-se-á rapidamente na peça mais importante do sistema de jogo de Julen Lopetegui, ele que não esteve presente no banco, uma vez que ficou a cumprir castigo (referente à expulsão do último jogo na edição anterior da Champions).

Ao intervalo, as duas equipas estavam então empatadas a um golo.

Segundo tempo e o FC Porto pegou completamente no encontro. A equipa ucraniana, a jogar em casa, jogaram à espera do erro do FC Porto para atacar depois em profundidade. Desta forma, os Dragões conseguiram assumir o protagonismo e chegaram ao golo na melhor altura, aos 81 minutos. Mais uma vez Aboubakar, mais uma vez com um instinto matador capaz de assustar qualquer defesa adversária.

Mas quem ficou assustada foi mesmo a defesa do FC Porto. Com o jogo na mão, deixou-se empatar a um minuto dos 90. Na recarga de um livre direto, Rybalka voltou a rematar - um jogador que estava adiantado não se faz ao lance -, surgindo Buyalskyy a aproveitar a desatenção da defesa portista para bater Casillas.

O segundo golo do Dínamo de Kiev foi motivo extra de desapontamento por parte de jogadores e treinador.

Primeiro foi Iker Casillas: ““Sofrer um golo no último minuto e num golo que julgo que era em fora de jogo... Havia um jogador que me impedia de ver a bola… Estavamos prestes a ganhar num campo difícil e ficar com um ponto sabe a pouco, porque poderíamos ter ficado com mais”, disse o espanhol, em entrevista rápida à Sport Tv.

E depois Julen Lopetegui: "Fizemos uma boa segunda parte. Controlámos o jogo, chegámos várias vezes área, mais vezes do que eles. No fim, quando parecia que o jogo estava controlado, um lance... Na Suíça [em reunião de treinadores de clubes de elite da UEFA] falámos destes lances. Quando está um jogador à frente do guarda-redes em posição de fora-de-jogo e interfere na ação do guarda-redes [como foi neste caso], o golo deve ser anulado. Lamentavelmente, o árbitro não interpretou assim. Uma pena. O jogo estava controlado", disse o treinador dos azuis-e-brancos.

Na segunda jornada, no dia 29, o FC Porto recebe no Estádio Dragão o Chelsea, enquanto o Dínamo de Kiev joga no recinto do Maccabi.

Encerrado o primeiro capítulo da Champions, o FC Porto volta a jogar no próximo domingo, no clássico diante do Benfica, no Porto, com início às 19h15.

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