Filme do Jogo

O FC Porto despediu-se ontem da presente edição da Liga dos Campeões de futebol, depois de perder, por 4-1, frente aos ingleses do Liverpool, no jogo da segunda mão dos quartos de final da competição.

Os 'dragões', que já tinham perdido, por 2-0, na partida da primeira ronda, em Inglaterra, voltaram a não evitar o desaire, que começou a ser desenhado ainda na primeira parte com um golo da Mané, aos 28, e, depois, ampliado no segundo tempo com os tentos de Salah (67), Firmino (77) e Van Djik (84).

A equipa portuguesa, que até tinha entrado melhor no desafio, ainda conseguiu beliscar a tremenda eficácia do adversário, com um golo de Éder Militão, aos 69, mas insuficiente para impedir que os ingleses seguissem para as meias-finais da prova, onde vão defrontar o Barcelona.

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O técnico portista, Sérgio Conceição, até teve, para este desafio, a equipa reforçada com Pepe e Herrera, que regressaram ao 'onze' após cumprirem castigo na partida da primeira mão, decidindo, também, mexer no ataque, apostando em Brahimi, em detrimento de Soares, que começou no banco, e lançando Corona, que recuperou dos problemas físicos que o limitaram durante a semana.

Golo, validado pelo VAR, do Liverpool dificultou as aspirações dos Dragões

O avançado mexicano até conseguiu dar o mote à tarefa hercúlea que cabia aos 'dragões', na tentativa de inverter a desvantagem na eliminatória, e logo aos dois minutos protagonizou o primeiro lance de perigo, num forte remate, que saiu um pouco por cima.

O lance galvanizou os 'azuis e brancos' para imporem um forte ritmo nos instantes iniciais, pressionando o adversário e assumindo a iniciativa do desafio, tentando alvejar a baliza contrária com um futebol direto.

Marega esteve em destaque nesta fase, com três boas oportunidades para relançar a eliminatória, mas com a mira pouco calibrada no remate final.

Já a formação britânica, que se apresentou, de início, sem os autores dos golos do desafio da primeira mão, Keita e Firimino, conseguiu, apesar de alguns calafrios, controlar a maior rotação do FC Porto, embora sem arriscar em demasia nas saídas para o ataque.

Só perto da meia hora o Liverpool conseguiu a sua primeira oportunidade junto à baliza de Casillas, mas que se viria a revelar letal para o FC Porto.

Salah recebeu a bola na área, e, com demasiado espaço, assistiu Mané, que num desvio certeiro, inicialmente invalidado por alegado fora de jogo, mas, depois, corrigido pelo VAR, fixou o 1-0, aos 28 minutos.

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A equipa portuguesa, que até então tinha estado irrepreensível na procura do golo, sentiu, em demasia, a contrariedade, que a obrigava a marcar quatro golos para passar esta ronda. O ritmo do desafio acabou, então, por baixar, e as precipitações dos jogadores portistas começaram a ser maiores, perante um adversário que ganhou conforto para gerir o resultado.

Brahimi e Corona ainda tentaram minimizar os 'estragos' antes do intervalo, explorando a longa distância, mas sem efeitos práticos, perante um Liverpool, que também assustou num remate Milner, desviado por Felipe para fora.

Segunda parte: goleada pesada para o que fez o FC Porto

Após o descanso, Sérgio Conceição optou por dar mais 'poder de fogo' à sua equipa, lançando Soares para o lugar de Otávio, ganhando, com isso, mais presença na área contrária, mas também ficando mais exposto nas manobras do meio campo.

Disso se aproveitou o Liverpool, que já com Firmino integrado no ataque, apostou nos contragolpes para tentar sentenciar a eliminatória.

O génio de Salah acabou, então, por fazer a diferença, com o egípcio já depois de ter ameaçado Casillas com um cabeceamento por cima, a fazer o 2-0, aos 67, num veloz contra-ataque.

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O público do Dragão sentiu as dificuldades da sua equipa e retribuiu aplaudindo-a de pé, numa força anímica suplementar que terá dado alento para que, dois minutos depois, os 'dragões' reduzissem, num cabeceamento de Éder Militão, após um canto.

No entanto, o maior embalo do Liverpool nesta segunda metade continuava a ser evidente e a causar dificuldades ao FC Porto, que viu as ténues esperanças ruir quando Firmino, de cabeça aos 77, deu estocada final nos 'dragões'.

Aos 87, Van Djik, na sequência de um canto, deu contornos demasiado pesados à derrota do FC Porto, fixando o 4-1 final, e consumando o único desaire caseiro da equipa portuguesa na edição deste ano da Liga dos Campeões.