A Holanda agudizou a crise da Alemanha ao vencer por 3-0, em encontro do Grupo A1 da Liga das Nações. Foi um 'grito de revolta' da 'Laranja Mecânica' que falhou os últimos dois grandes torneios internacionais (Euro2016 e Mundial2018) mas uma grande humilhação para a 'Mannschaft'.

A derrota trouxe com ela vários recordes negativos, que a poderosa Alemanha não esperava. Foi o terceiro jogo seguido sem marcar um golo, algo que nunca tinha acontecido na história da seleção germânica. O último golo foi apontado por Toni Kroos, perto do final do jogo com a Suécia, no Mundial da Rússia, que evitou a eliminação da Alemanha logo na segunda ronda, depois da derrota inaugural frente ao México.

O desaire com a Holanda permitiu a Alemanha igualar os registos negativos de 1956 e 1985, com a quinta derrota num ano civil, o que, neste momento, constitui um recorde.

De recordar também que a Alemanha nunca tinha perdido com a Holanda por três golos ou mais, quer em particulares, quer em jogos oficiais.

Em Amesterdão, perante uma Alemanha incapaz de articular o seu melhor futebol, foram os holandeses a ‘dar espetáculo’, com Memphis Depay em grande destaque: no primeiro golo, cruzou, de livre, para um cabeceamento de Babel à barra, que o ‘capitão’ Van Dijk emendou para o 1-0, aos 30 minutos.

Perante uma reação alemã que não teve efeitos práticos, Depay fez o 2-0, aos 87, antes de assistir, em cima dos 90, Wijnaldum, que selou um triunfo importante para os comandados de Ronald Koeman, que falharam as últimas edições do Europeu e do Mundial.

A Alemanha, que venceu na final do Mundial1974, precisamente, a ‘laranja mecânica’, segue em último lugar do grupo, com apenas um ponto, fruto de um empate com a campeã mundial França.

Os franceses lideram a ‘poule’, com quatro pontos, mais um do que os holandeses e mais três do que os alemães, próximos adversários dos campeões do mundo, em partida marcada para a próxima terça-feira, em Paris.

O selecionador almeão, Joachim Löw, que ontem se se tornou no treinador com maior número de jogos no comando da ‘Mannschaft’, com um total de 168, desempatando com Sepp Herberger no topo da tabela, já sente o lugar em risco.

"Percebo que já há um debate sobre o meu lugar mas temos de saber lidar com isso. É normal. Mas nos próximos dias só me posso mesmo concentrar na preparação do jogo com a França", referiu, na conferência de imprensa.

A imprensa alemã deste domingo é bastante crítico para com o técnico e já se fala em possíveis substitutos.