Na semana passada, a seleção nacional recebeu a vizinha Espanha em jogo a contar para a Liga das Nações e Adama Traoré ficou na retina devido à velocidade, técnica e claro está o imponente físico. O jornal Marca aproveitou a deixa para lançar uma questão: qual a importância do físico no futebol atual?

Javier Vidal, preparador físico do Getafe, foi um dos especialistas que comentou o assunto. "O corpo de Adama tem condições inatas, genéticas, mas também precisa de algum trabalho de fundo. Os benefícios desse trabalho são a potência, que é o seu ponto forte, e a velocidade. No Barcelona B era rápido e, agora, ainda é mais rápido graças ao corpo que tem. Não travou o seu talento, nem o tornou menos ágil. Antigamente, diriam que um corpo assim era demasiado rígido", salientou.

"Daqui a dois anos, quem não for forte não poderá jogar na liga. É uma tendência, nos balneários há mil jogadores como Cristiano Ronaldo, muito definidos, mas com tamanho que ainda pode ser desenvolvido", referiu ainda Javier Vidal.

Também Vicente Calvo, preparador físico do tenista Feliciano López, foi chamado a dar a sua opinião. "Nem todos os que querem conseguem ficar assim. Está no limite do aconselhável, parece mais um jogador da NFL. O futebol caminha nessa direção e, quando foi contra Trincão, parecia um búfalo. Exibe uma potência enorme e não perde velocidade", destacou ainda.

Recorde-se que Luis Enrique também já tinha comentado o físico de Adama Traoré referindo que "é um caso especial. Não trabalha com pesos, é verdade. É a sua genética. Mas é um jogador habilidoso, embora não pareça e muito maduro. Claro que tem potência, velocidade, mas protege a bola, cuida dela. O perfil dele não é habitual, isso é verdade".