Os futebolistas espanhóis Sergi Enrich e Antonio Luna foram condenados a dois anos de prisão por gravação e divulgação de um vídeo de caráter sexual, sem o consentimento da vítima, em 2016. Um terceiro jogador, Eddy Silvestre, foi absolvido já que não ficou provado que tenha sido ele a fazer a divulgação do vídeo pelo Whatsapp, como acusavam Luna e Enrich, de acordo com o jornal 'El Mundo'. A vítima, que não queria ser gravada, denunciou os dois jogadores.

Um tribunal de San Sebastian condenou os dois futebolistas como "autores de crime de descoberta e divulgação de segredos que afetam dados pessoais que revelam a vida sexual". Além da pena de dois anos de prisão, que não irão cumprir por terem antecedentes criminais, os dois ficam inibidos de exercer o direito de voto em eleições.

O caso remonta a 2016 quando Enrich, que continua no Eibar e Luna, agora no Girona, confessaram que tiveram relações sexuais com uma mulher e filmaram o ato, sem que a mesma tenha dado consentimento para a gravação.

Os dois disseram em tribunal que depois enviaram o vídeo ao amigo Eddy Silvestre, colega de equipa na altura e agora a jogar no Albacete. Mas não ficou provado que tenha sido Eddy a fazer a divulgação do vídeo nas redes sociais. Eddy Silvestre incorria num crime até três anos de prisão.

Diz a sentença que na altura da gravação não havia laços de amizade tão fortes entre Enrich, Luna e Silvestre para que os dois primeiros confiassem o vídeo ao terceiro. E os dois primeiros não falaram no nome de Eddy Silvestre, quatro meses depois de o vídeo ter ido parar às redes sociais. Só num segundo inquérito perante um juiz, Luna e Enrich acusaram Eddy Silvestre de ser o responsável pela divulgação das imagens.

Luna e Enrich incorriam numa pena de prisão de cinco anos mas o mesmo foi reduzido para dois. Os dois jogadores declaram-se culpados e pediram desculpas pelos seus atos. Além disso, mostraram-se disponíveis para indemnizar a vítima. Tiveram de pagar 55 mil euros cada um à vítima como forma de reparar os danos causados.