Familiares das vítimas do voo da Chapecoense, que em 2016 caiu na Colômbia numa aeronave da companhia aérea LaMia, deixaram a Bolívia sem respostas sobre o pagamento de uma indemnização que até agora não chegou, informaram nesta segunda-feira ao saírem do país.

"Encontrámos resistência da seguradora, que não nos deu as respostas que viemos procurar", afirmou Fabianne Belle, viúva de Cesinha, um dos preparadores físicos da equipe brasileira. Ela encabeça uma fundação de vítimas e familiares ao lado de Mara Paiva, viúva do comentador Mário Sérgio.

O grupo de familiares chegou há uma semana a Santa Cruz, 900 km a leste da capital La Paz, para pedir uma indemnização. No entanto, a empresa de seguros Bisa não deu nenhuma resposta, salvo a existência de um fundo solidário que não cumpre a expectativa.

"O que está a acontecer aqui é uma falta de resposta por parte da seguradora Bisa", disse esta segunda-feira à televisão Gigavisión o advogado Rómulo Peredo, que lamentou que os diretores da seguradora "não quisessem dar as caras".

O advogado brasileiro Josmeyr Oliveira adiantou que os familiares vão decidir no Brasil quais medidas que vão tomar. Na semana passada, ao chegar à Bolívia, Oliveira afirmou que "não recebemos nem um centavo" quando o acidente está prestes a completar dois anos.

O avião da LaMia partiu de Santa Cruz com jogadores da Chapecoense a bordo, após serem transferidos de um voo comercial proveniente do Brasil.

Uma investigação das autoridades colombianas concluiu que a aeronave caiu pouco antes de chegar ao aeroporto colombiano José María Córdova, em 28 de novembro de 2016, por falta de combustível.

Setenta e uma pessoas perderam a vida, entre elas 19 jogadores, 14 membros da equipa técnica e nove dirigentes do clube brasileiro. Apenas seis ocupantes sobreviveram ao acidente: uma hospedeira, um técnico de aviação, um jornalista e três jogadores.

As autoridades bolivianas apontaram como responsáveis os funcionários aeroportuários e da aviação civil e da própria empresa, por terem cometido graves falhas técnicas antes da realização do voo fatídico.

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