Adeptos do Petro de Luanda presentes no jogo de sábado, em que os petrolíferos empataram sem golos com o Kampala City, do Uganda, no Estádio 11 de Novembro, em Luanda, exigiram a demissão do presidente de direção, Tomás Faria.

Neste desafio da primeira-mão da última eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga de Clubes Campeões de África, o vice-campeão angolano foi perdulário no ataque, pelo que a “exigente torcida” reclamou, sobretudo, a inexistência de um avançado de raiz.

Toni, Yano, Jacques Tuyissengue e Dolly Menga, talhados para a posição, não estão inscritos para esta competição de clubes, situação atribuída a eventual má gestão da actual direção da colectividade 15 vezes campeã do Girabola.

Maioritariamente sentados na bancada central, gritavam sucessivamente pelo afastamento, particularmente de Tomás Faria.

Tal manifestação tornou-se mais incisiva no túnel de saída da parte exterior do Estádio, facto que obrigou a Policia Montada a permanecer no local além do tempo até a saída do autocarro que transportava os jogadores e equipa técnica.

Comportamento idêntico viveu-se na partida da 3.ª jornada do Girabola2019/20, em que o Petro perdeu na cidade do Lubango com o Desportivo da Huíla, por 0-1, com adeptos a manifestarem, também, descontentamento com o desempenho do conjunto.

Este facto ocorre numa altura em que está marcada para a próxima quinta-feira uma reunião do Conselho Geral, para avaliação do desempenho da atual direção da colectividade, particularmente os resultados do futebol nos últimos anos.

A equipa sénior masculina do desporto "rei" na agremiação esta há dez anos sem lograr o título do Girabola, além das mudanças sucessivas na direção do departamento da modalidade.

O espanhol Toni Cosano substituiu no cargo o hispano-brasileiro Beto Bianchi, no fim do Girabola passado. Após três jornadas da presente edição, o Petro consentiu empate (2-2) na estreia diante do Williet de Benguela, e derrota (0-1) frente ao Desportivo da Huíla.