O técnico português, Guilherme Farinha, recém-nomeado diretor técnico nacional da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), disse hoje que quer relançar a modalidade, através da criação de uma seleção para disputar uma vaga no próximo mundial sub-17.

Para já, Guilherme Farinha, 65 anos, está concentrado num torneio de captação de talentos em Bissau, que mais tarde irá ao interior do país, para daí serem selecionados os jogadores que vão integrar a futura seleção sub-15 do país.

O presidente da FFGB, Carlos Teixeira, indicou que o processo de seleção de talentos será estendido aos jogadores guineenses na diáspora, com enfoque em Portugal.

"Também fazem parte da Guiné-Bissau e nós vamos começar, paulatinamente, já demos sinais da nossa ambição e vontade de mudar o paradigma e esses (jogadores) que estão na diáspora fazem parte deste projeto, vamos lá chegar", observou Carlos Teixeira.

A meta imediata de Guilherme Farinha, antigo selecionador da Guiné-Bissau nos anos 1990, é formar uma seleção dos sub-15 "para disputar e vencer" um torneio da União de Futebol da África Ocidental (UFOA) a ser realizado em Bissau, no mês de maio.

Além da Guiné-Bissau, integram a UFOA Benim, Burkina-Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Gâmbia, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra-Leoa e Togo.

"Nós agora organizamos este torneio para criação de uma seleção sub-15 provisória, com 16 equipas, mas ficaram muitas equipas de fora, não é por falta de respeito", disse Guilherme Farinha, para sublinhar que o processo irá prosseguir ao abrigo de uma seleção quantitativa de jogadores.

O técnico português notou que o espírito com que assume o novo desafio é estruturar a seleção de base da Guiné-Bissau, mas também ajudar a reorganizar o desporto mais popular no país, seguindo a mesma orientação daquela dos anos 1990.

"A linha é a mesma, a filosofia, o pensamento é o mesmo. Agora queremos fazer mais e melhor. Se nós fizemos um bom trabalho nos anos 90, agora em 2020, 2021 por aí adiante queremos fazer mais e melhor. É a minha ambição, da minha equipa, dos meus colegas e de todo o ?staff' de centro nacional de formação de futebolistas e da própria Federação", declarou Guilherme Farinha, que é coadjuvado por dois técnicos portugueses, Paulo Badajoz e João Silva.

Ainda esta semana, Farinha vai apresentar, em reunião com os colaboradores portugueses e guineenses, os nomes dos talentos retidos nos primeiros dias da captação que decorreu em Bissau no fim de semana e para, de imediato, começar os trabalhos da futura seleção sub-15.

O presidente da federação de futebol guineense, Carlos Teixeira, vai ainda mais longe na ambição apresentada por Guilherme Farinha, por ter como objetivo atrair "os 'gigantes' do futebol mundial" ao país.

"Quero deixar aqui um apelo aos pais e encarregados de educação desses nossos conterrâneos, esses nossos jogadores na diáspora, para colaborarem, no sentido de nós todos possamos fazer uma seleção melhor da Guiné-Bissau para que daqui a quatro, cinco anos Real Madrid, Barcelona, esses gigantes da Europa, venham cá procurar, contratar os nossos jogadores", sublinhou Teixeira.

O presidente da Federação, no cargo desde outubro passado, considera-se feliz por estar a colocar o futebol como elo de ligação entre os guineenses, o que, disse, é visível durante o torneio de captação de talentos projetado por Guilherme Farinha e a sua equipa de trabalho.

"O futebol, como eu sempre disse, a missão da Federação, não é só pôr a bola a rolar dentro das quatro linhas. A missão, vontade e responsabilidade da Federação é também de juntar os guineenses. Não há cor política, não há etnias, há os guineenses", enfatizou Carlos Teixeira.

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