Depois de cumprir quatro anos de suspensão por corrupção, Michel Platini, antigo presidente da UEFA, veio a público falar sobre o castigo.

O antigo jogador francês tinha sido suspenso de todas as atividades ligadas ao futebol em maio de 2016, na sequência do escândalo motivado pelo recebimento de 1,8 milhões de euros em 2011, por alegado trabalho de consultadoria, sem contrato escrito, pedido por Joseph Blatter, que era presidente da FIFA naquela data.

"Foi inacreditável. Chamaram-me falsificador de contas, corrupto, lavador de dinheiro. Quando levas com esse rótulo na cara e não sabes porquê, e isso dói. Foi complicado para mim e para a minha família. Fizeram de mim o Al Capone", confidenciou o ex-futebolista em entrevista à France Info.

Michel Platini acredita que tudo não passou de uma conspiração contra ele e apontou o dedo a Blatter. "Passado um mês, comecei a perceber que tudo era uma conspiração, um enredo. Comecei a defender-me, tentei encontrar os melhores caminhos mas, no final, sabia que nunca iria vencer. Estava preso desde o início. Não queriam que eu fosse presidente da UEFA, não queriam que eu chegasse a presidente da FIFA", disse.

"Blatter criou uma atmosfera contra mim e outros trabalharam nela. Fizeram tudo para que eu não fosse o presidente da FIFA. Tenho valores no futebol, podia ter criado um novo mundo no futebol e isso não agradou internamente", vincou.