Robinho vai tentar a todo o custo não acabar atrás das grades. O avançado brasileiro tem um plano para escapar à sentença de nove anos de prisão, decretada depois de ter sido dado como culpado de violação em grupo em Itália, quando representava o AC Milan.

Segundo avança o jornal Sport, a sua advogada, Marisa Alija, elaborou um plano para evitar que o jogador demonstre a sua inocência e não acabe numa cela de prisão.

Robinho não verá a sua liberdade restringida porque "neste momento, não existe nenhuma possibilidade de prisão. Primeiro, porque não é uma condenação definitiva e ainda não foi apresentado recurso. A decisão pode ser modificada. E, em segundo lugar, porque esta condenação não tem valor no Brasil", referiu o advogado Dorival Guimaraes ao site Globoesporte.

Segundo a legislação brasileira, Robinho pode estar tranquilo pois, em princípio não corre o risco de acabar na prisão, uma vez que têm de acabar os recursos apresentados pelos advogados para que Itália possa pedir a extradição do jogador.

No caso brasileiro, a constituição não permite a extradição de um brasileiro nascido no seu território. "Ainda que o Brasil tenha um tratado de extradição e cooperação, a constituição proíbe isso a alguém que tenha nascido no seu território e é necessária uma petição ou ordem de prizão assinada por um juiz italiano que formalize um pedido de extradição, mas nunca ao Brasil", referiu o jurista.

Se fosse condenado definitivamente, a extradição teria de ser feita noutro país.

"Caso chegue uma ordem de prisão do Ministério Público Italiano, esta não terá validada no Brasil. Se Robinho jogasse com o Atlético Mineiro [atual clube] um jogo da Taça Libertadores por exemplo, Itália pode mandar uma ordem de prisão para outro país, tal como aconteceu com os membros da Conmebol e da Confederação Brasileira de Futebol. Mas é um processo que leva o seu tempo e o tempo em que Robinho estará nesse país pelo jogo é muito curto", afirmou.

A própria pena de prisão não pode cumprida no Brasil, porque estes são casos diferentes da violação a qual Robinho é acusado.

"A extraterritorialidade está prevista no código penal brasileiro. Um crime cometido no estrangeiro será sujeito à justiça brasileiro, mas isto só acontece em casos de maior gravidade, como genocídio, crimes contra a humanidade ou contra o presidente. O caso de Robinho não estra neste tipo de delitos".

O advogado concluiu dizendo que "Robinho tem até três recursos em seu poder e este caso pode durar anos".

Recorde-se que Robinho foi condenado a nove anos de prisão, depois de ter sido dado como culpado por violação em grupo. Os factos terão ocorrido em Itália, quando o jogador representava o AC Milan.