O selecionador de futebol da Alemanha, Joachim Löw, admitiu hoje que a saída do cargo após o Europeu, no qual será adversária de Portugal, dará oportunidade à equipa para “ter espaço” e “desenvolver-se”.

“Sempre disse que a equipa precisa de espaço, precisa de tempo e de desenvolvimento”, comentou o selecionador, dois dias depois de a Federação Alemã de futebol (DFB) anunciar que Löw vai deixar o cargo após o Europeu.

O treinador, de 61 anos, falou pela primeira vez após o anúncio que irá sair, e explicou que esse momento, após o Europeu e não após o Mundial de 2022, no Qatar, dará à Alemanha tempo de se preparar para a competição que vai receber, o Europeu de 2024.

“Três anos para se preparar para o torneio na própria casa está bem”, justificou.

O treinador assumiu a ‘Mannschaft’ após o Mundial de 2006, que a Alemanha organizou e na qual era adjunto de Jürgen Klinsmann, e é um dos treinadores com mais tempo à frente da equipa, com 189 jogos, desde agosto de 2006.

Com Joachim Löw, a seleção alemã sagrou-se campeã mundial em 2014, no Brasil, mas no Mundial seguinte, em 2018, foi afastada ainda na fase de grupos, terminando o seu grupo em último lugar, com os mesmos três pontos da Coreia do Sul, terceira.

“Penso que foi a decisão mais correta, começar-se a fazer mudanças em 2019, para que esta jovem geração atinja o seu potencial em 2024”, sublinhou o técnico, acrescentando, porém, “total concentração” para o Europeu deste ano.

Na competição, que foi adiada um ano devido à pandemia da covid-19, e que decorrerá em 12 cidades de 12 países, a Alemanha integra o grupo F com Portugal, o campeão europeu em título, a França, a campeã mundial, e a Hungria.

Portugal e Alemanha defrontam-se na segunda jornada do grupo, em 19 de junho, em Munique.