O selecionador da China, o antigo futebolista Lie Tie, revelou que os jogadores estiveram sob grande pressão psicológica e com grande nível de ansiedade durante a estadia no Dubai, devido à crise desencadeada pela pandemia da covid-19.

A equipa de futebol da China esteve concentrada desde março no Dubai, bem como algumas equipas da Superliga chinesa, mas em 23 de março seguiu viagem para Hainan, onde se manteve em quarentena desde então.

“Durante esse período [no Dubai], todos - jogadores e ‘staff’ -, estiveram sob grande pressão psicológica. Com ansiedade, saudades de casa e preocupados com a própria segurança”, disse o selecionador à televisão chinesa.

Lie Tie, de 42 anos, também antigo internacional e jogador do Everton e Sheffield United, explicou que a cada dia que passava a situação piorava também no que dizia respeito ao número de doentes nos Emirados Árabes Unidos.

“A situação epidémica no Dubai agravava-se a cada dia, o número de clientes no hotel diminuía diariamente. As outras equipas chinesas regressavam uma após a outra à China”, disse Lie Tei, explicando o contexto de ansiedade na seleção.

Com o campeonato chinês, que deveria ter começado em fevereiro, adiado para uma data a definir, o grupo tinha-se concentrado com vista aos jogos de qualificação da zona asiática para o Mundial de 2022, previstos para 26 e 31 de março, com as Maldivas e Guam, que acabaram também adiados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 112 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Dos casos de infeção, quase 375 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

A China registou 108 novos casos nas últimas 24 horas, dez dos quais de contágio local, o número mais alto desde 28 de março.

   O número total de infetados na China desde o início da pandemia é de 82.160, dos quais 3.341 morreram e, até ao momento, 77.663 pessoas tiveram alta.

Os Estados Unidos são o país que regista o maior número de mortes, contabilizando 22.020 até hoje, e aquele que tem mais infetados, com cerca de 555 mil casos confirmados.