A Real Federação Holandesa de futebol (KNVB) mostra-se determinada em terminar em campo a época 2019/20 e apontou 19 de junho como data para o regresso da I Liga (Eredivisie), caso o Governo não se oponha.

O organismo máximo do futebol dos Países Baixos espera confirmar esta data dentro de duas semanas, altura em que o Governo liderado pelo Primeiro-Ministro Mark Rute deve anunciar medidas menos restritivas contra a pandemia da covid-19.

"Só jogaremos, se for seguro e se o instituto de saúde pública estiver de acordo, mas, para já, estamos focados em terminar a temporada", ressalvou a KNVB, cujo anúncio choca frontalmente com a vontade de clubes como o Ajax de Amesterdão, o PSV Eindhoven e o AZ Alkmaar, que se manifestaram contra o regresso da principal competição do futebol holandês.

A data prevista para os futebolistas voltarem aos treinos de forma individual é a de 15 de maio, em pequenos grupos uma semana depois e com todo o plantel reunido a partir de 29 de maio.

Não obstante, e em conferência de imprensa, Mark Rute advertiu os clubes que terão de comprovar com os seus advogados se é permitido ou não o regresso aos treinos antes de 01 de junho.

Se o Governo autorizar, a Federação permitirá a realização de jogos particulares durante a primeira quinzena de junho. por forma a que os jogadores recuperem o ritmo competitivo perdido com esta longa paragem devido à pandemia da covid-19.

As oito jornadas que faltam para completar a ‘Eredivisie’ (nove para alguns clubes) serão disputadas entre 19 de junho e 31 de julho, pelo que algumas terão de ocorrer a meio da semana.

A época 2021 terá início na terceira semana de agosto, 20 dias mais tarde do que o habitual, razão pela qual a Federação sugeriu aos clubes que realizem jogos no período das festividades do Natal e do fim do ano, à semelhança do que acontece em Inglaterra.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 80 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.