O presidente da Federação chinesa de futebol admitiu cortes salariais entre 30% a 50% a jogadores e treinadores, de modo a ajudar os clubes face às perdas de receitas com a pandemia do novo coronavírus.

“A covid-19 teve um grande impacto na indústria do futebol. Os campeonatos de vários escalões foram forçados a adiar a época de 2020, o que teve influência no normal funcionamento dos clubes. Com poucas receitas e custos elevados”, justifica o comunicado da Federação.

O organismo recomenda os cortes, apelando ao diálogo entre jogadores e clubes, com data retroativa a 01 de março, e a intenção abrange os jogadores estrangeiros, deixando de fora todos aqueles com rendimentos mais baixos.

Em declarações à estação televisiva CCTV, Chen Xuyan disse também que os jogos do campeonato, que deveria ter tido início em 22 de fevereiro e foi suspenso, serão reprogramados, mas sem avançar com uma data provável.

O regresso do futebol na China e, em especial, da Superliga, é provável que aconteça sem as muitas ‘estrelas’ estrangeiras, que saíram do país, ‘berço’ da pandemia na região de Wuhan.

“É um verdadeiro dilema, a informação que temos é que muitos jogadores estrangeiros e treinadores não regressaram”, adiantou o presidente da Federação, dizendo que o recomeço da competição não está dependente dos seus regressos.

Para Chen Xuyan, assim que o país estiver preparado no que diz respeito à prevenção e controlo do novo coronavírus, a Liga recomeçará.

Na China, são muitos os clubes que têm uma ‘quota’ de jogadores ou treinadores estrangeiros capazes de fazer a diferença, a começar pelo campeão Guangzhou Evergrande, treinado pelo ex-futebolista italiano Fábio Cannavaro, e que tem Talisca e Paulinho fora do país.

O Shanghai SIPG, campeão em 2018, é treinado pelo português Vítor Pereira, e conta com os internacionais brasileiros Hulk e Óscar, e o Wuhan Zall contratou para esta época o central Daniel Carriço, ex-Sevilha.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 267 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Cerca de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, cidade no centro da China.

No país, foram registados até hoje mais de 82.000 casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus e um pouco mais de 4.600 mortes.

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