O selecionador de futebol da Colômbia, o português Carlos Queiroz pediu hoje um "calendário global uniformizado e harmonizado" e o prolongamento da época 2019/20 até dezembro, sem esquecer o futebol feminino, de formação e as ligas secundárias.

"O regresso a um cenário normal de competições nacionais e internacionais exige, como medida fundamental, o anúncio de um calendário global uniforme e harmonizado, com todas as ligas as serem disputadas de fevereiro a dezembro, pelo menos até ao Mundial2022, no Qatar", disse Queiroz à página da Federação Colombiana de Futebol (FCF).

O antigo selecionador português considera que a FIFA e as Federações nacionais devem repensar neste período de transição até ao Mundial2022, o número de equipas, as fórmulas das competições, o número de jogos e tipo de competições".

"No imenso ‘iceberg' do futebol mundial não podemos apenas privilegiar os jogos das Ligas de elite e ignorar a parte maior e invisível do futebol no mundo real. Pelo contrário, hoje devemos concentrar toda a nossa atenção nesta parte", reforçou Carlos Queiroz.

Nesse sentido, confessa ter apreciado o retorno da liga alemã e os seus esforços para "minimizar os riscos de infeção" da COVID-19, mas insistiu na imagem do ‘iceberg' e das interrogações que a parte não visível daquele deixam no ar sobre o futebol feminino, amador, de formação e as ligas menores, que não podem ser abandonados ao seu destino.

O técnico luso admitiu que ninguém esperava que "um vírus, com um simples clique, pudesse pôr KO o mundo do futebol", expondo-o a uma crise de liderança institucional e conceptual, e exortou a FIFA e as Federações a "não renunciarem ou falharem ao gigantesco desafio que é a responsabilidade de liderar a recuperar a autonomia e o poder da tomada de decisões institucionais".

"Os grandes líderes estão obrigados a ir a jogo fora do campo, com os mesmos passos mágicos que James [Rodríguez], Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo fazem em campo, decidindo e propondo uma fórmula e um modelo conceptual que possibilite e permita, a curto prazo, transformar o impossível em possível no mundo do futebol", defendeu Queiroz, questionando os modelos e as formas convencionais de pensar e agir no futebol, sem que isso signifique "um corte radical com um passado glorioso e dourado".

Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas - Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.

Os campeonatos de futebol de França, Países Baixos, Bélgica e Escócia foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede em Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 03 de junho, depois de a Liga alemã ter sido retomada em 16 de maio.

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